domingo, dezembro 31, 2006

2006...2007


Happy New Year


Feliz Ano Novo

Para 2007...

Com tradição ou sem tradição, com superstição ou sem superstição, cá vai:
1º Agradecer tudo o que me foi dado neste último ano;
2º Apreciar tudo o que conquistei;
3º Aprender com as derrotas;
4º Agradecer aos meus mais queridos amigos…
(ND, estás sempre no meu coração!!!)
5º Agradecer todos os dias pelos meus pais iluminarem o meu caminho;
6º Um(a) sobrinho(a)!!!!! Tanto faz mana!!!
7º Aos meus meninos, porque são especiais.
8º Pedir desculpa por ter magoado em palavras, em actos e em silêncio;

E por último, abrir os meus horizontes a outros sois, outros lugares, outras perspectivas…
E se não for melhor pelos menos que não seja tão mau como 2006.

Homem do ano 2006 - Clive Owen

sábado, dezembro 30, 2006

Hoje em memória - Saddah Hussein/Rasputín

30 de Dezembro 2006Nasceu numa vila perto de Takrit em Abril de 1937. Depois da queda da monarquia em 1958, ele participou numa conspiração para assassinar o presidente Abdel-Karim, mas a conspiração foi descoberta e ele teve de abandonar o país. Em 1963, com a Baath, Saddam regressou. Durante anos, foi o poder por detrás do presidente Ahmed Hassan Bakr.
Em 1979, condenou os seus 12 rivais à morte e tornou-se presidente. Em 1980, Saddam pensou ver a sua oportunidade de glória: ordenou um ataque surpresa ao Irão.
Somente oito anos depois, milhares de jovens mortos e o país afundado em dívidas é que ele cedeu a tréguas. Ele dizia que a Guerra do Golfo em 1991, tinha sido a “mãe de todas as Guerras”. Saddam foi capturado em Dezembro de 2003, nove meses depois da coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, ter invadido o Iraque.
Deposto em Março de 2003, Saddam começou a ser julgado a 19 de Outubro de 2005 por crimes contra a humanidade.No dia 5 de Novembro de 2006, o Alto Tribunal Penal iraquiano condenou Saddam Hussein à pena de morte por enforcamento, pela morte de 148 xiitas da cidade de Dujail em suposta retaliação por uma tentativa de assassínio contra Saddam, em 1982.
Saddam Hussein foi enforcado, em Bagdad, às 6h00 locais.O vice-presidente do Supremo Tribunal de Apelação, o juiz Munir Hadad, confirmou a execução de Saddam Hussein num lugar «fora da Zona Verde», onde ficam as instalações do Governo iraquiano e as sedes das embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
O juiz, que assistiu à execução, disse que Saddam «recusou que lhe cobrissem a cabeça antes de lhe colocarem a corda no pescoço, tendo sido executado dessa forma. Tinha na mão o Corão e leu as frases da profissão de fé muçulmana (não há outro Deus para além de Alá e Maomé é o seu profeta)», não se tendo dirigido ao povo iraquiano.

Saddam Hussein, presidente do Iraque pelas duas últimas décadas, teve a distinção de ser considerado como o mais conhecido e odiado líder árabe.


30 de Dezembro 1916
Grigory Rasputín, um santo varão russo autodidacta, é assassinado por nobres russos, ávidos de acabar com a sua influência sobre a família real. Rasputin ganhou os favores do Czar Nicolau II e da czarina Alexandra, graças à sua capacidade de fazer parar a hemorragia do seu filho hemofílico, Alexei. O camponês nascido na Sibéria foi muito criticado pela sua libertinagem e embriaguez. Contudo, exerceu uma influência poderosa sobre a família real da Rússia. Nas primeiras horas do dia 30 de Dezembro de 1916, um grupo de nobres atraiu Rasputín ao Palácio de Yusupovsky, onde tentaram envenená-lo. Aparentemente, Rasputin não foi afectado pela dose de veneno que puseram no seu vinho e na sua comida. Mas os nobres acabaram por disparar sobre ele. Um minuto depois de ser atingido, levantou-se, bateu num dos seus atacantes e tentou fugir pelos terrenos de palácio. Mas dispararam novamente sobre si. Rasputin, ainda vivo, foi capturado, atado pelos pés e mãos e lançado a um rio gelado. Uns meses mais tarde, o regime imperial foi derrubado pela Revolução russa.

Só mais um copo

Entro na selva urbana como se pertencesse a esse mundo.
O riso sai natural, fresco, inebriante…
São tantos à procura do mesmo, de só um momento, que se perpetue até ao próximo copo…
Escalo a noite como quem despede a pele, pinto o rosto em tons de guerra, visto a femme fatale e penso, só mais um copo…
Nesse copo, abandono o corpo ao ritmo da música, deixo de ver rostos, deixo de sentir…
É só mais um copo e logo eu já não estou aqui…
Caminho vertiginosamente sem rumo…
Só mais um copo e eu deixo de existir.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

I Know


old memories

A outra face do fogo

Sim, quando o meu amor teimava em não abrir ou não continuar, uma conversa; em não mostrar no rosto o lirismo mais puro do poema, ou a substância mais fresca de uma ideia nova. Sim, quando o meu amor escondia a sugestão da luz, ou a beleza onírica do novo trecho musical; quando não partilhava em nós o nosso ser, em nós o nosso estar, em nós o nosso sorrir e até o nosso amor. Eu ficava só no meio de silêncios multiplicados até ao vazio. Esse silêncio não era silêncio, era ausência de nós. Entrei na sua alma. Havia fosseis com a figura do Adamastor. Chorei. Foi ao sentir essa dor, que o meu sentimento se tornou dolorosamente compaixão.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Aqui...

Deixou sempre para depois o que realmente queria fazer ou dizer.
Achou sempre que teria de entender todos os vértices desse triângulo.
O medo de perder, o receio, a ilusão, o encantamento, moviam-na sempre, faziam-na calar baixinho o descontentamento, a mágoa, o desencontro, o tempo ou a falta dele.
Ama-a porque não a tem!
Ama-a porque sabe do amor que ela sente!
Ama-a porque ela está aqui, como sempre esteve…
Mas meu amor, deixe-a dizer-lhe, que já não está aqui …
Que já não se sente no local que a colocou, ou melhor, no local que ela deixou ser-se colocada.
Foi-lhe sempre dito que era inegável o amor que sentia, que apesar de tantas quebras, mentiras, desilusões e perdas, continuava aqui…
Aqui deixou de existir, deixou de a fazer sonhar, deixou-a seca.
Abateu-se sobre ela a quietude dos amantes…
Abateu-se sobre ela a sua crueldade…
Ninguém pode amar dessa forma, não assim.
Rende-se ao óbvio.
Não há forma de voltar atrás, não há forma de recuperar o que se perdeu, não há estória suficiente entre os dois.
Não há os dois, nunca houve e jamais haverá.
Triste é a sina dos amantes que não sabem quando parar.
Ela para…

to my lover

You touched my heart you touched my soul.
changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Remember us and all we used to be
I've seen you cry,
I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I know your fears and you know mine.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Magestic

Há um velho amigo que costuma dizer: eles dão-me tempo!!!.
Esta frase não lhe sai do pensamento enquanto passeia pelas ruas impregnadas de gente com tempo e sem ele.
Não consegue imaginar o que faz tanta gente no mesmo local, parecem rostos disformes, sem traços característicos ou familiares, são gente, gente que passa, gente que fica, gente que hesita, gente que não tem gente.
Há muito que não tinha tempo, tempo para si. E hoje, resolveu dar um tempo a si própria.
Sentou-se como há muito não o fazia, naquele café intemporal.
Lá fora continuava o mundo cheio de gente.
Pediu um chá, e aqueceu a alma por um tempo.
Sempre que lá vai, parece-lhe estar num outro tempo, numa outra dimensão.
Faz-lhe bem.
Assim, não precisa de lembrar-se que já não tem tempo e que o fim aproxima-se…
À sua direita, estão sentadas duas senhoras, de maquilhagem intemporal, onde o rouge predomina e as roupas denunciam o seu próprio tempo. Conversam alegremente sobre o natal, os filhos, os netos, aqueles que partiram, aqueles que deixam saudade e aqueles que ficam, quer queiram quer não.
Deixam marcas de baton na porcelana…
Dá consigo a pensar como seria chegar aquela idade…que estórias teria para contar, quem estaria a seu lado para as partilhar…
Enquanto escutava atentamente a conversa alheia, entra um senhor distinto, figura habitue do local…
Sempre teve curiosidade sobre senhor, talvez porque arrisque a ser diferente, talvez porque ele mesmo seja uma figura do passado, o seu bigode arrebitado, a capa preta sobre os ombros ou mesmo a bengala com mão de marfim… quem sabe, se ele é que está no tempo certo.
Deixa aquele recanto sem tempo e volta para junto dos apressados…
Sobe a rua sem pressa, e sente uma vez mais que lhe foge o tempo…
Porque não pertence mais a este tempo!

terça-feira, dezembro 26, 2006

Pensamento da semana


Não existe o esquecimento total: as pegadas impressas na alma são indestrutíveis.

Thomas De Quincey

Ilusão

Não quero entender o seu mundo, não quero sequer saber para onde vai…
Se algum dia for realmente.
É esquivo, incerto, caprichoso e intolerante, faz de conta que pode ter o melhor dos dois mundos, mas não pertence a nenhum que não seja o dele.
Deixa entrar quando quer, como quer e se se solta um pouco mais, retraísse ao menor sinal de perigo, para ele, sempre para ele.
Vive o mundo em forma de ilusão aparente onde almeja o que não tem, tem a certeza do que já conquistou e fica confortavelmente à espera de qualquer coisa que não vai mudar nunca.
Descanse, o seu mundo está seguro, firme, alicerce maior não o poderia ter…
Era só uma areia, daquelas que incomodam temporariamente no imaginário, sempre no imaginário.
Guarde qualquer rancor, mágoa ou despeito. Os dados há muito lançados, não estão viciados…

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Hoje em memória - Nascimento de Cristo?

25 de Dezembro 6 a.c.
Embora a maioria dos cristãos celebre o aniversário de Jesus Cristo a 25 de Dezembro, ninguém nunca se interessou pela data exacta nos primeiros dois séculos cristãos na qual Cristo nasceu. A maioria estava mais interessada na História da sua morte. No entanto, no princípio do século IV, os líderes da igreja designaram o dia 25 de Dezembro como a data oficial do nascimento de Jesus. A celebração do nascimento de Cristo também ocupa a festa do solstício de Inverno pagão (também desaparecido) nos finais de Dezembro. Desde então, o dia 25 de Dezembro é visto pela cristandade como uma Missa Santa: "a Missa" de Cristo. Hoje, um terço da população do mundo celebra o nascimento de Jesus neste dia.

domingo, dezembro 24, 2006

Presente de natal

Tu és o meu presente de Natal!!!
Feliz Natal, meu amor

sábado, dezembro 23, 2006

Porque é Natal

Vou esquecer as palavras duras que ouvi, as zangas desnecessárias, as palavras não ditas, o silêncio provocado, a raiva interior, o desalento, o desamor, a perda, a solidão, o mau feitio, a filha, a inconstância, o medo, a insegurança, a dor que por vós trago, o desespero, as injurias aos maus condutores, o facto de te esquecerem, a falta que me fazes, o choro, as brancas que aparecem, o corpo que se ressente, a alma que permanece sombria, as dores físicas, os desencontros, o silêncio, a estupidez, a vergonha, as noites frias sem ti, a felicidade aparente dos outros, as horas passadas no trânsito, os acordares agrestes, o barulho dos miúdos, a incompreensão e mesquinhes dos adultos…

Porque é Natal, vou lembrar-me da minha família, de amigos recentes, de encontros antigos, dos amigos de longa data, do sol que às vezes também me acaricia a pele, do amor demonstrado nos piores momentos, das gargalhadas dadas, dos abraços recebidos, dos olhares compreensivos, do barulho das crianças e o quanto eu aprendo com eles, do colo que me foi dado, de palavras que me ajudaram a ser uma melhor pessoa, o aceitar as pessoas tais como são, do facto dos meus pais iluminarem a minha vida mesmo não estando presentes.

Porque é Natal, vou acreditar.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Nós...



Dois mundos separados , uma encruzilhada, e um mundo todo lá fora...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Hoje não me recomendo

Não queiras saber de mim
Esta noite não estou cá
Quando a tristeza bate
Pior do que eu não há
Fico fora de combate

Como se chegasse ao fim
Fico abaixo do tapete
Afundado no serrim

Não queiras saber de mim
Porque eu estou que não me entendo

Hoje não me recomendo

Quanto mais brilha a tua luz
Mais eu fico apagado

Amanhã eu sei já passa
Mas agora estou assim
Hoje perdi toda a graça
Não queiras saber de mim

Hoje não me recomendo

quarta-feira, dezembro 20, 2006

A prova

Fundia o teu corpo no meu...
libertaria a alma que trago presa na pele,
deixaria o mundo correr lá longe,
porque estás perto,muito perto.
No fundo meu amor,
é demasiado impossível amar alguém assim,
mas nós, desafiamos as leis, os medos , o tempo, o impossível...
A prova?
Conseguimos após este tempo todo,
ainda amar o amor que nos uniu,
sermos iguais na diferença,
sermos diferentes porque estamos juntos, sempre.
A prova?
Eu... sempre tua mulher.
Tu... o meu homem.

terça-feira, dezembro 19, 2006

O beijo

Às vezes, quando o desejo nos impele, amar é espontâneo, mas muitas vezes significa escolher amar, decidir amar. Caso contrário, o amor não passaria de emoção, de superficialidade, ou até de egoísmo, e não aquilo que é na sua essência profunda: algo que compromete a nossa liberdade.


mas o meu amor por ti é livre

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Doce...muito doce


Because I do

O amor será mais que a palavra mais que o momento mais que universo. É conspirador, intimante, oblativo, captativo e amatico.

Gostava que o teu amanhecer hoje fosse diferente:
"íui ufuru manguana
íni ndakuta shamwany
buera wno cassica
íni tchissuo íue
íui xunguila
taméssia..."

Pensamento da semana

Não se viam as plantas cobertas pela neve. - E o lavrador, dono do campo, comentou jovialmente: "Agora, crescem para dentro". - Pensei em ti; na tua forçosa inactividade - Diz-me: também cresces para dentro?

(Josemaría Escrivá)

domingo, dezembro 17, 2006

Hoje em memória - Voa o primeiro avião

17 de Dezembro 1903


Os americanos Orville e Wilbur Wright realizam com êxito o primeiro voo da História, com um avião auto-propulsado (mais pesado do que o ar); Conseguem-no perto de Kitty Hawk, na Carolina do Norte. O seu primeiro avião, um biplano de asa dupla, tinha uma envergadura de 39 pés, um motor de 12 cavalos de potência e ailerons móveis para controlar a direcção. O primeiro voo de Orville durou 12 segundos e percorreu 120 pés de distância. Por volta de 1909, os aviões desenhados pelos Wright mantinham-se em voo durante mais de uma hora, fazendo com que os irmãos se vissem obrigados a fundar uma empresa para responder à enorme procura dos seus aviões. Foi assim que nasceu a Wright Company.

sábado, dezembro 16, 2006

À noite...

Quando cheguei a casa já dormitavas sobre o sofá, livro por cima da barriga, televisão ligada e tu tão longe.
Parei por um instante, não me apeteceu tirar-te do lugar onde te encontravas, apesar de imaginar que eu não lá estava. Parecia tão calmo esse lugar que ao abeirar-me de ti, quase consegui ver o teu ar de pura satisfação.
Acontece-me muitas vezes ter dificuldade em acordar-te… gosto de te ver assim, calmo.
Quando nos deitamos, depois da guerra constante do quem fica com mais espaço na cama, acabo sempre por me ver rendida num exíguo espaço que vou conquistando aos poucos porque o teu corpo me chama.
Gosto das nossas conversas antes de adormecer. Primeiro porque reclamas sempre eu estar tão fria, ou porque me esqueci de alguma luz ligada, ou por outra coisa qualquer…
Mas gosto principalmente de quando chego à cama e já estás a dormir, de estenderes o teu braço para me dares um beijo e dizeres: amo-te “minha parva” e caíres para o teu sono de novo.
Gosto de te ver dormir, a tua respiração embala o meu sono e apesar de dormirmos separados, por causa do calor, não há noite que não procures os meus pés…
Essa é a tua forma de me dizeres: estou aqui.

Liberdade

Escolher é sacrificar.
Às vezes importa sacrificar algo grande em troca de algo ainda maior!!!
Porque parecemos tão livres - e estamos tão encadeados...


( Robert Browning)

Quero saber...

Não me interessa o que fazes na vida. Quero saber o que anseias e se tens coragem de sonhar com a realização desse anseio.
Não me interessa a tua idade. Quero saber se tens coragem de fazer figuras tolas em busca do amor, dos teus sonhos, da aventura de estar vivo.
Não me interessa quais os planetas que regem a tua lua. Quero saber se tocaste no âmago da tua própria dor, se tens estado aberto às traições da vida ou se te fechaste de novo com medo de sofrer novamente.
Quero saber se consegues sentar-te na presença da tua dor, tua ou minha, sem tentares escondê-la, esmorecê-la ou remendá-la.
Quero saber se consegues estar na presença da alegria, tua ou minha, se consegues dançar loucamente e deixar o êxtase inundar-te, da ponta dos pés à cabeça, sem dizer”tem cuidado, sê realista, lembra-te das limitações do ser humano”.
Não me interessa se a história que contas é verdadeira. Quero saber se és capaz de desiludir uma pessoa para seres verdadeiro contigo próprio; se consegues suportar a acusação de traição e não traíres a tua alma.
Quero saber se consegues levantar-te, depois de uma noite de dor e desespero, cansado e dorido até ao âmago e fazer o que é preciso.
Não me interessa como aqui chegaste. Quero saber se enfrentarás as chamas comigo, sem dares um passo atrás.
Quero saber o que te sustenta, por dentro, quando tudo o resto se desmorona.
Quero saber se consegues estar a sós contigo mesmo e se aprecias a tua companhia nos momentos vazios, sem mim.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Cativar

Aqui deitada, neste infinito da memória,
cativo na minha pele, o teu cheiro ficou.
Ainda consigo sentir as tuas mãos percorrerem o meu corpo…
Ainda sinto a tua pele estremecer.

Não perdeste o jeito, apenas tempo…
Tempo para me amar…
Não te esqueças, meu amor
que uma vez a redoma quebrada
voltas a ser tu e eu…
eu deixo-me cativar... aos poucos.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

We...

Não importa o que o passado fez de mim. Importa é o que farei com o que o passado fez de mim, e tu não és só o meu passado...

Neste lugar onde me encontro

Neste lugar onde me encontro não me gela o frio que do mar vem,
não me esclarece as ideias o movimento violento das ondas
e nem me limpa a alma a espuma que resta na areia.
Neste lugar onde me encontro,
vejo-te sobre a luz do porto como uma sombra…
Não me trazes nada de novo na faina da noite
e o amanhecer é negro, obscuro e deprimente.
Porque se nada de novo trazes, também nada de ti fica.
Neste lugar onde me encontro, aprendi hoje a cortar rede.
A rede que a ti me prendia, não a teço mais,
qual mulher de pescador que nas horas mais sombrias
tecia a rede com a vontade que o mar trouxesse o seu homem de volta.
Neste lugar que eu me encontro, deito o resto de rede ao mar.
Neste lugar onde me encontro, já o barco ancorou,
destroçado pelas águas frias, pelo cansaço de noites mal dormidas,
pelo tempo que ao mar dedicou.
Vou recolher ao negro que trago vestido na pele,
vou secar as lágrimas que o mar também marcou.
Neste lugar onde me encontro, vou falar de desencontro.
Neste lugar onde me encontro, tu não mais me vais encontrar.

Neon


Nem todo o "neon" do mundo seria suficiente para expressar de alguma forma o quão importante és para mim.
Não te esqueças nunca disso, independentemente dos caminhos diferentes que percorremos...

terça-feira, dezembro 12, 2006

Desafio aceite

O meu amigo, Inácio Lemos, a-rosa,desafiou-me para que eu pusesse em evidência cinco das minhas maiores manias:
Após alguma reflexão, conclui que:
1ª Compulsiva com pastilhas elásticas;
2ª Caixas de todos os formatos, cores e feitios;
3ª Escrever;
4ª Ouvir música, não sou nada sem música;
5ª Amar óculos de sol

Os meus convidados:
Nuno Dias, do lovesiraiquiz
Âmandio Leal, do amandioleal
Paulinho, do ombmen
Pandora, da pandora-20
Mónica Mendes, do felgamae
Regulamento:

"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas; hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do "recrutamento". Cada participante deve reproduzir este Regulamento no seu blog."

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Another F... Monday


Amanheci sem ti, numa manhã fria e seca, num desconforto de corpo cansado e numa gélida sensação de alma perdida.
Cansada levantei-me, a minha cabeça ainda na almofada morna e o corpo já no banho quente. Deixei a água correr sobre o meu corpo e junto ao rosto deixei de fingir ser só água e chorei.
Saí ainda mais cansada, num deambular de quem tem de acordar mas não consegue, de quem tem de deixar de prender a respiração e soltar devagarinho o ar preso.
Respiro com dificuldade porque cada movimento significa que volto para a vida e simplesmente não me apetece.
Abro os olhos pela milésima vez e encontro o reflexo de um cabelo desgrenhado preso a um rosto que não conheço mais.
Saio apressada, uma vez mais atrasada, dirias tu e enfrento aquele incómodo ar de cidade onde os carros coabitam sem se reconhecerem e as pessoas passam sem se encontrarem. Meto-me à pressa dentro do carro, o rádio ligado fere-me, e eu só penso: “Bolas não matei ninguém, pelo menos não ainda!!!!”.
Detesto vozes que acordam com aquele ritmo todo, logo de manhã.
Olho uma vez mais para o relógio e vejo que estou sem tempo nem paciência e que mais uma vez vou chegar atrasada!

Eu estou aqui


As pessoas são solitárias porque constroem paredes em vez de pontes.
(Joseph F. Newton)
Eu estou aqui...

domingo, dezembro 10, 2006

Pensamento da semana


Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

(Fernando Pessoa)

O banco de jardim


Gosto de me sentar aqui.
Aqui onde o silêncio é mais tranquilo,
onde dançam as flores secas deste Outono agreste.
Onde me sinto mais perto de ti…
Gosto de sentir o vento no meu rosto,
faz-me pensar que me sopras ao ouvido,
que sussurras conselhos e que acalmas a minha ira.
Não deixo de estar magoada contigo,
não deixo de estar magoada comigo.
Não gosto de deixar este espaço que construí para nós,
Faz-me sempre sentir que deixo uma parte de mim, ali, parada.
Digo-te sempre que volto e rezo sempre para que estejas lá.
Por isso não gosto da palavra adeus.
Sabes, estou cansada de dizer adeus e não um até já.
Da ultima vez que conversamos deixei-te triste, falei-te da dor que carrego,
das mágoas que tenho e do meu medo.
Eu não queria, juro!
Mas a minha solidão é tão grande e tu… estás tão longe.
Volta para mim meu anjo, volta…
Ficarei aqui sentada à tua espera, neste canto tão nosso,
Neste universo que eu não digo adeus, neste universo em que eu te digo até já

sábado, dezembro 09, 2006

Ouvir

Se pares um momento, um segundo sequer
e ouvires,
libertas-te.
Se isolares o ruído que tens à tua volta,
se de vez enquanto escutares o som que eu dou à tua vida
consegues ouvir
que o meu coração bate ao mesmo ritmo que o teu.
Por isso,PÁRA e ouve!
Ainda que seja por agora, um sussurro...AMO-TE

Camisas brancas

Penso que terás algum tipo de emprego que te faz viajar com alguma frequência, provavelmente “caixeiro-viajante” ou outra coisa qualquer que requer ausência e toneladas de roupa para lavar. Juro que foi sem querer que observei a tua luta entre as camisas brancas e aquelas que não ficaram tão brancas porque te esqueceste de um pormenor chamado cor de rosa…
Foi tal o desapontamento teu ao tirar a roupa da máquina que sinceramente não contive uma gargalhada, o que mais me espantou foi depois de teres visto a asneira que tinhas feito, riste-te. Se já eras encantador q.b, ver-te a rir de uma situação que tu próprio criaste ainda aumentou mais a minha curiosidade sobre ti, confesso.
Numa atitude arrojada da minha parte, no dia seguinte, por meios que não confesso, coloquei na tua porta numa caixinha Woolite-color protection, com a seguinte mensagem: “um pouco tarde sei, mas numa outra ocasião poderá ser útil. P.S: é só juntar uma a cada lavagem”.Com isto sai de lá o mais rápido possível.
Pois bem, foi com agradável surpresa que hoje, ao chegar a casa, tinha na minha porta, uma rosa, com um pequeno bilhete a dizer: Obrigado. P.S- se fiquei menos aborrecido foi precisamente por ouvi-la a rir…
Confesso, que só o facto de saberes quem tinha sido e teres essa amabilidade me encantou.
A isto eu chamo de “muito boa vizinhança"....

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Can we still be friends?

I was cold and hurting
lost out in the night
wandering and searching
for heaven's light
I saw the night sky clearing
when you spread your rainbow wings
But little did I know
what joy you would bring
From that moment on
a friendship did start
you kissed away my tears
and sheltered my heart
I bless the day God
sent him from above
But then I grew fearful
for I had fallen in love
I told you this feeling
and what did you say?
You said you liked our friendship
and that's how it would stay
I cried for a friendship I thought I lost
But then felt your warm, gentle hand
You then whispered in my ear
that by my side you'll forever stand

Blogs...


Nada me vai dar mais prazer do que escrever este post!
Finjo acreditar que realmente tenho algo para partilhar com quem “passa os olhos” sobre o meu blog.
Manias de quem pensa que até escreve qualquer coisinha!!!
Intitularam uma vez o meu blog de “puxar ao sentimento”, ser demasiado amoroso, querido e todas as palavras melosas de quem está apaixonado!!!!
Pois bem, contra as marés negativas que “assombram” a minha escrita, vou pelo lado positivo que me fez criar este pequeno canto de jardim.
Primeiro, vou agradecer às pessoas que minhas amigas me impelem a continuar a escrever.
Não me importo da conotação que dão ao que escrevo, cabe a cada um ler, se souber, o que por entre as linhas corre no meu sangue e o que realmente faz vibrar a minha alma.
Segundo, ninguém é obrigado a entender-me ou a tirar o que quer que seja do que eu escrevo!
Escrevo para mim, por mim e porque sim.
Vou continuar a escrever, a falar de amor, a viver o amor à minha forma, vou simplesmente escrever o que ainda não gasto pelo tempo ou distância me faz acordar sempre com vontade de viver e amar.

Confesso, estou profunda e irrecuperavemente apaixonada pela VIDA!!!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Si


Si je levais les yeux au ciel et que je voyais une étoile filante,
je pourrais dire un voeux... c'est de ne jamais s'éloigner de toi !

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Podes...



Podes fechar os olhos às coisas que não queiras ver mas não podes fechar o coração às coisas que não queres sentir!!!

terça-feira, dezembro 05, 2006

...


Tudo se cura na vida, até a desilusão,
mas meu amor, não este coração!!!
demasiado maltratado, demasiado vazio,
enquanto estiver envolto neste frio,
terás de ter paciência e eu...
dar-te-ei um tempo...

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Pensamento da semana

"O que nos leva a amar as novas pessoas que conhecemos é menos o cansaço que temos das velhas ou o prazer de mudar, do que o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem demais e a esperança de sê-lo mais pelos que não nos conhecem tanto."
in La Rochefoucauld
e não esquecer que:

"Todas as maravilhas de que precisas estão dentro de ti. "

in Sir Thomas Browne

domingo, dezembro 03, 2006

Just for a moment...


Love me... Love me not...Love me... not

Não...

Não digas nada, mantém o teu silêncio
Não faças ondas neste mar por si só turbulento
Não queiras o tempo só pelo passar dos dias
Pega nesse dia e põe-lo em movimento.
Não deixes que a vida te amarre
Solta o ar e respira
Perde o medo e salta
Salta e caí
Cá estarei
Como sempre ou talvez não…
Por isso fica quieto, inerte…
Deixa o tempo resolver o que ele próprio criou
Deixa o tempo embalar as horas no sussurro do teu pensamento
Deixa-te ficar, assim
Assim, como eu

O meu anjo

Hoje tirei o dia para mais uma tarefa que tinha vindo a adiar. Ao passear pelas ruas do meu Porto, inebriada pelo cheiro das castanhas e do frio que se sentia, lembrei-me que estava a chegar aquela época que transforma os nossos dias.
É impossível ficar-se indiferente a tanta cor e luz que nos rodeia.
Peguei no baú das memórias que mantiveste durante todo este tempo e abri-o, devagar, e tal como a criança que fui um dia, retirei todos os enfeites de Natais passados.
Ao retirar tão precisos tesouros, fui lembrando de quando os compraste. Tinhas por hábito transformar a árvore todos os anos de formas e cores diferentes, por isso por entre as bolas de natal e todos os outros enfeites foi com agradável surpresa que encontrei uma bola que eu própria tinha feito há muitos anos atrás. Pensar que ela conseguiu resistir a tantas alterações e movimentos mais bruscos que a vida tem, deu-me força suficiente para em tua memória tentar de forma atrapalhada, confesso, reconstruir um pouco do espírito que sempre te contagiava nesta altura.
Lembro-me que a parte mais bonita desse empreendimento era quando, tudo aparentemente no sítio, ligava-mos as luzes…
Hoje, ao fazer a minha primeira árvore de Natal, senti-te mais perto, muito mais perto e quando duas horas depois eu dava por terminado o meu trabalho ao colocar aquela bola, não pude de deixar de pensar que algures deverás ter sentido orgulho em mim, por ter conseguido.
Hoje, ao deitar-me vou deixar as luzes da árvore acesas, porque no alto dessa árvore está o último anjo que compras-te…porque no alto dessa árvore, estás tu.

sábado, dezembro 02, 2006

Já chegou...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Finalmente...

Finalmente tive coragem em ligar-te…
Não sei bem o que se passou para tê-lo feito, apenas deu-me vontade.
Talvez pela música que ouvia ou pelo transito infernal onde eu me encontrava.
Liguei. Finalmente…
Depois de duas tentativas consegui pronunciar o meu nome, identificar-me…
Devo ter parecido uma voz vinda de um outro mundo, o certo é que já sabias que era eu só pela forma atrapalhada como falei o teu nome!
Senti outra vez os meus dezassete anos, senti-me de novo jovem e inconsciente.
Adorei falar contigo, adorei a tua calma, adorei lembraste-te de mim.
Sabes, não to disse, mas és uma ponta solta do meu passado e sinceramente a pessoa que eu mais amei na vida.
Por vezes temos de dar passos atrás para poder mantermo-nos seguros no presente.
E eu, eu precisava de saber que posso dar um passo no futuro com a cabeça resolvida, com a alma limpa.
Por isso precisava de te ouvir, simplesmente ouvir a tua voz e claro a gargalhada inconfundível que eu guardo na minha memória.
Tive outros amores, alguns em segunda mão.
Mas tu não, tu foste sempre o primeiro.
Sabes que meço os meus outros amores pelo teu amor?
És a minha linha de orientação!!!
Disse-te que a vida não tinha sido muito fácil e do outro lado respondes que eu sempre vou ficar bem!!!
Tiveste sempre o dom de falar as coisas certas… sempre soubeste ler a minha alma.
Em relação ao amor, posso dizer-te que contigo eu fui muito bem amada, muito.
E que serás sempre o meu único.