domingo, agosto 31, 2008

Entre Linhas

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Carlos Drummond de Andrade

sábado, agosto 30, 2008


sexta-feira, agosto 29, 2008

A nu

Tenho andado de humores variados, não o faço porque quero, apenas estou cansada. Melhor, esgotada. Foi um ano extremamente difícil, complicado e o que começou por ser algo positivo virou a pesadelo. Não tenho mau feitio, apenas dificuldade em lidar com as emoções. Já deveria ter aprendido que as pessoas são o que são e pouco ou nada as faz mudar. Eu não vou mudar, sou de marés, sou tanto mar calmo como por instantes levantasse em mim uma furiosa tempestade que só eu sei controlar. Por isso sei ser difícil de “lidar”. Estou muito mais introspectiva e exigente. Dei comigo, nestes últimos tempos a romper com pessoas e situações que se tinham tornado insuportáveis de continuar. Quebrei com laços extremamente profundos…Se estou arrependida? Não! Decididamente, não. Tenho um amigo que me diz que eu sou tão racionalista para determinadas coisas que não entende um outro lado meu que tão poucos conhecem. Mas até a desses eu quero distância. Magoa muito menos assim, eu própria deixo de magoar-me tanto. Hoje interesso-me por mim, única e exclusivamente. A minha mãe costumava-me dizer que nascemos sós e morremos sós… Quero embrenhar-me nesta solidão, onde o tempo passa como eu quero e com quero. Quebrar laços é sempre difícil, não digo que esteja isenta de um misto de sentimentos entre o que foi e o que vai ser, mas vistas as coisas, não estive sempre a colar pedaços? Não fui sempre a que pedia, a que relegava, a que pedia desculpa, a que segurava o mau tempo com um sorriso? A que desculpava comportamentos, ou mesmo ausência deles? Estou farta de tentar entender as pessoas e os seus mundos, quando estas nem se esforçam um pouco para perceber como andará o meu mundo. Porquê agora esta confissão, onde me coloco a nu, sem nada a esconder? Porque recebi um email que me fez voltar no tempo e lembrar-me da pessoa que eu já fui e porque já está na altura de eu me perdoar, esquecer os fantasmas que me prendem, da ausência que deixaste e porque sei que não era esta a filha que tu gostarias de ver. Não foi esta pessoa que tu amaste. Vou sair nesta estação. Mudar o rumo da minha viagem e crescer.

domingo, agosto 24, 2008

Diário de Bordo III - Tarde Triste

...Tarde triste me recorda
Outros tempos
Que saudade
Vivi só
Num turbilhão de pensamentos
De saudade
Por onde andará quem amei
Será que também vive assim
Sofrendo como só eu sei
Pensando um pouquinho em mim
Tarde triste
Noite vem
Já esta descendo
E eu sozinha,sofrendo...

quinta-feira, agosto 21, 2008

Diário de Bordo II

...Ontem o jantar foi excelente, estava uma daquelas noites em que sabe bem, muito bem mesmo, beber um vinho branco fresquissimo e esquecer em quantas garrafas já se vai. talvez por isso hoje sinta o corpo mais leve e a cabeça extremamente pesada. Porque depois do jantar, a noite prolongou-se e de que maneira. Digamos que para além da cabeça, todo o corpo me doí. Dançei como senão houvesse amanha e confesso, já há muito tempo que não me sentia tão bem como ontem. P.S: confesso que ajudou saber que sentes a minha falta! Acho que vou dormir...e permitir-me a sonhar um bocadinho, mas só um bocadinho...

quarta-feira, agosto 20, 2008

Diário de Bordo I

...Já há uns dias que estou tipo croquete, estatelada numa esteira, virando de posição conforme a intensidade do sol. Estou a reler um livro que me impressionou quando tinha 15 anos: A insustentável leveza do ser de Milan Kundera. Queria saber se depois de tantos anos passados qual o impacto que teria na minha vida a história da Teresa…
Fecho o livro e viro-me de novo, desta vez, preciso de olhar para o mar…e ei-lo, saído da agua, corpo molhado e um jeito engraçado de tentar arranjar o cabelo rebelde. Juro que me esqueci de respirar por uns longos segundos. Senti-me em pleno deserto a ter uma daquelas alucinações… pois no meio de tantas pessoas, acabei por o perder de vista.
Mas há noite, ainda tinha na memória aquela imagem…e que imagem!...

terça-feira, agosto 19, 2008

Nem de férias

Pensei sinceramente que ao ir de férias levaria apenas música, livros e uma grande vontade de descansar e divertir-me…mas mesmo no último momento em que fechava a mala, não resisti e lá meti um pequeno bloco e uma caneta, não fosse por um motivo qualquer ser necessário…
Pois bem, eu até posso ir de férias, esquecer o relógio e um qualquer pensamento de trabalho a não ser para uma pequena coloração da pele, porque ser ariana tem as suas consequências, mas acabo sempre por deixar no sentido de férias entrar a vontade da escrita.
Há uma inquietude no meu pensamento que só através da escrita se esmorece, por isso, apesar de eu ter colocado este meu cantinho de férias até Setembro, fui escrevendo algumas coisas durante este tempo. Chamei-lhe Diário de Bordo.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Finalmente...

Este Blog está encerrado para umas merecidas FÉRIAS!!! Até Setembro

quarta-feira, agosto 13, 2008

Multidão

No meio desta multidão, estás tu... mas eu encontro-te, da mesma forma como tu me encontraste.

terça-feira, agosto 12, 2008

O homem do dia

Gerard Butler

segunda-feira, agosto 11, 2008

Não Aqui

A leve brisa não me apaga o fogo do pensamento.
Nem mesmo uma sombra poderia aplacar o meu tormento.
E o ar que respiro continua contaminado.
Se por um lado aqui tenho de estar...
É o meu corpo que fica.
Porque o pensamento está ausente
e não quer parar.
Não aqui. Não neste lugar.

domingo, agosto 10, 2008

Entre Linhas

"Enquanto sois feliz, muitos são os amigos; mas se os tempos forem adversos, sozinho permanecereis".
Donec eris felix, multos numerablis amicos, Tempora si fuerint nubila, solus eris.
Ovídio

sábado, agosto 09, 2008

Não existência

Deve ser doloroso viver na tua pele. Não saber os princípios básicos de tudo mas achar que os pratica de forma excepcional. Como consegues adormecer? De que lado se deita a tua consciência? Provavelmente nem tão pouco tens consciência de uma existência com consciência. Só isso explica as atitudes ou falta delas. Como consegues falar, escrever, criticar sem olhar primeiro para o reflexo horrendo no espelho? Como te levantas de manha e encaras a vida? Já sei, fazes dela uma tela e vais pintado conforme os dias, as pessoas e os sentimentos…Exacto, quais sentimentos terás instalado previamente numa alma que mais parece feita de compostos químicos de um produto meramente social?!!! Como caminhas? De cabeça levantada? Como Poseidon ou Átila? Como suportas sequer existir, assim, pomposo, arrogante, indigente e egoísta? Impróprio de uma existência saudável e coerente? Como ousas sequer dizer-te humano, se as tuas entranhas estão cobertas de tóxicos, pois, porque em qualquer corpo consegues habitar. És de uma crueldade atroz, vingativo e maquiavélico… Pergunto-me: como será o resto da tua vida quando todos te virem as tuas verdadeiras cores? Deve ser horrível ser como és e representar todos os dias…cansativo.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Abertura Oficial - Beijing 2008

Ao som de 2008 tambores, China dá início aos Jogos Olímpicos, às 20horas do dia 08 de 2008.
Com um espetáculo grandioso, de muitas luzes e cores, a China fez nesta sexta-feira uma exposição histórica de suas tradições e invenções militares antes de dar um salto para a modernidade na abertura de inauguração dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.
A contagem regressiva para o início da cerimônia foi feita por 2008 atores tocando o fou, um antigo instrumento de percussão chinesa, em um impressionante espetáculo de sincronia que deu passagem a um número maior de figurantes, luzes, fogos de artifício e música. Um total de 70 mil pessoas participaram na festa de mais de três horas, com a presença de nove mil soldados e colaboração de quase 2,5 mil voluntários.A maior ovação, no entanto, foi para o gigantesco globo do mundo que representava o lema desses Jogos, "Um mundo, um sonho". A esfera de 16 toneladas surgiu do solo do estádio com 58 atores-equilibristas vestidos com trajes de luzes correndo pelos nove anéis que a compunham.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Entre Linhas (N.B)

"O BEIJO é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras tornam-se desnecessárias".

quarta-feira, agosto 06, 2008

As coisas que eu sei

Eu quero ficar perto
De tudo o que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio mostra o tempo errado
Aperto o play
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo está fechado para visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das ideias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa
É minha Lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém mais pergunta depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu telemóvel
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar
Eu já comprei
Às vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando eu estou afim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia...
Agora eu sei...

terça-feira, agosto 05, 2008

Entre Linhas - Marilyn Monroe


“Eu sabia que eu pertencia ao público e ao mundo, não pelo fato de ser talentosa ou até mesmo bonita, mas porque eu nunca pertenci a nada ou a ninguém”

segunda-feira, agosto 04, 2008

"AS JANELAS"

Nestas salas escuras, onde vou passando dias pesados, para cá e para lá ando à descoberta das
janelas. - Uma janela quando abrir será uma consolação. -Mas as janelas não se descobrem, ou não hei-de conseguir descobri-las. E é melhor talvez não as descobrir.
Talvez a luz seja uma nova subjugação. Quem sabe que novas coisas nos mostrará ela.
Konstandinos Kavafis, Poemas e Prosas

domingo, agosto 03, 2008

Sem volta


Fui ao alto de mim
E nesse alto rasguei
As dores que entreguei
Quebrei as regras
Impostas pelo tempo
Sem dor ou culpa
Num misto de fraqueza e talento
Sou quem vai
Sem demora
Embora
Amor
Deixa que me vá
Sem laços
Abraços
Ou volta…

sábado, agosto 02, 2008

Problema de expressão

Só pra dizer que te Amo, (decididamente a palavra "amo", não é a mais certa)
Nem sempre encontro o melhor termo, (não há palavra que o defina)
Nem sempre escolho o melhor modo. (Péssima em timmings e impulsiva)
Devia ser como no cinema, (ou talvez não!!!)
A língua inglesa fica sempre bem (soa melhor mas não exprime a intensidade)
E nunca atraiçoa ninguém. (Puro engano, se há palavra mentirosa é : "Amo-te")
O teu mundo está tão perto do meu (Nunca estivemos tão longe)
E o que digo está tão longe, (Tenho tendência a omitir...)
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo
. (Eis a questão: O que realmente sinto?)
E até no momento em que digo que não quero (Digo-o, mas não o sinto.)
E o que sinto por ti são coisas confusas (São. Porque não queres esclarecer...)
E até parece que estou a mentir, (Só não digo toda verdade. Tornou-se mais Fácil.)
As palavras custam a sair, (Saem, mas proferidas sem sentido algum.)
Não digo o que estou a sentir, (Isso nunca chegarás a saber de mim)
Digo o contrário do que estou a sentir. (Nem sempre!!)
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
(Já o disse, já o senti, hoje sou incapaz.)
É bem melhor dizê-lo a cantar. (Não canto, mas os sons são reflexo dos sentimentos)
Por isso esta noite, fiz esta canção, (Não sou autora, só me revejo nas letras)
Para resolver o meu problema de expressão, (Tenho ajgum problema em admitir)
Pra ficar mais perto, bem mais de perto. (De mim, do meu eu, e mais longe de ti)

Música que me acompanha

Rorigo Leão- Alma Mater- "Casa"

sexta-feira, agosto 01, 2008

Um dia

Um dia, vou dar-te um beijo a meio de uma das tuas inúmeras frases e fazer-te calar o pensamento nem que seja por uns segundos.Um dia selarei o som num beijo sem tempo. Um dia deixar-te-ei sem respiração cerrando os meus lábios contra os teus.Um dia, far-te-ei ficar suspenso no ar só com um dos meus beijos.Um dia farei com os nossos beijos memórias a preto e branco.Um dia, farei com que sintas que o meu beijo é único. Um dia farei que a saudade da minha boca prenda um nó na tua garganta. Um dia, verás que o que procuras é a minha boca quente, os meus lábios húmidos e toda a paixão que fazem de mim única, diferente e tua. Um dia...

Entre Linhas

"Qualquer homem ama duas mulheres: a que criou na sua imaginação e aquela que ainda não nasceu"
Kahlil Gibran