segunda-feira, setembro 29, 2008

The Man Next Door

Eric Roberts

Ao meu Rei

Já me faltam as palavras
só me restam às lágrimas
e um pouco das memórias.
Cala-se em mim a noite
porque o tempo se esvai.
Cala-se em mim os sons
porque sou a tela,
que perdeu os tons
aqueles que pintaste
aqueles com que ficaste.
Por isso, fica a sombra
de um quadro
inacabado.
Uma palete de cores sombrias
onde corre no meu corpo
as noites frias.
Seria mais fácil
não te ter amado.
Mas é muito mais dificil
saber nos findado
Capítulo final!
E não viveram felizes para sempre...
Resta-me ficar ausente
Resta-me o silêncio
e o tormento.
Boa noite meu amado.
Para sempre
Meu rei
Passado...

domingo, setembro 28, 2008

Sem um amanha

"Onde há muito sentimento, há muita dor"
Leonardo da Vinci

sábado, setembro 27, 2008

Paul Newman - Morte de uma Estrela

O ator americano Paul Newman, protagonista de filmes inesquecíveis como "Dois homens e um Destino", morreu hoje aos 83 anos Nos últimos anos de vida, Newman dedicou-se ao trabalho filantrópico. Uma vida que esteve marcada pela interpretação, pela direção e pelos marcantes olhos azuis que transformaram Newman em uma das maiores estrelas de cinema do século XX. O ator nasceu em 26 de janeiro de 1925, em Ohio (EUA), de pai judeu e mãe eslovaca. Serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial como operador de rádio e, na volta, estudou interpretação em New Haven e Nova York. Newman estreou-se em Broadway e dos palcos foi para o cinema, onde o papel como o boxeador Rocky Graziano no filme "Marcado pela Sarjeta" (1956), dirigido por Robert Wise, fez com que todas as atenções voltassem para ele. Newman atuou em filmes que marcaram época, como "Exodus" (1960), "Os Criminosos não Merecem Prêmio" (1963), "Harper - O Caçador de Aventuras" (1966) ou "Butch Cassidy" (1969). Dirigiu "Rachel, Rachel" (1968), que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, e "O Preço da Solidão" (1972), entre outros filmes. Acabou por devidamente receber o se Oscar de melhor ator por "A Cor do Dinheiro" (1986), dirigido por Martin Scorsese, com Tom Cruise.

10 Anos!!!!

Hoje comemora-se 10 anos de Google como empresa. A comemoração é controversa, como o próprio pessoal do Google diz: “depende de quando as pessoas querem comer bolo, já que são várias as datas comemorativas e não há um consenso sobre qual data comemorar.
Brincadeiras a parte, o aniversário do Google é comemorado oficialmente em 2 datas. A 7 de Setembro, comemora-se 10 anos do nascimento da Google Inc e a abertura da empresa na garagem de um dos amigos
dos fundadores. Já no dia 27 de setembro, desde 2005 é comemorado oficialmente o aniversário da empresa. Ninguém sabe ao certo o motivo da comemoração do aniversário neste dia, porém fala-se na internet que é devido a um anúncio, em 2005 que puxou as comemorações para o dia 27.

sexta-feira, setembro 26, 2008

sentidos

Estende-me sobre a cama, desnudando-me com a calma da lua e o calor do sol. Pede-me em mudo olhar que transponha o espaço que o impede da minha pele tocar. Dispo aos poucos as últimas peças que aprisionam este corpo que te espera. Vejo-te encostado à porta do quarto enquanto a última peça caí no chão. E esse olhar que quase me leva às alturas de Olimpo. Fazes sentir-me deusa em forma nua, escultura inacabada, barro por moldar, jóia a lapidar. E isso só com o olhar e o corpo prostrado à porta do meu quarto. Avanças lentamente, enquanto o teu corpo cria sombras no meu. A noite já caiu sobre o dia, mas é a espera da noite que torna os meus dias especiais. Vendas-me os olhos em cetim, e quase deixo de respirar. Pára aqui o tempo. Inebria-me o cheiro que transpões na minha pele. Fazes-me lânguida, deserta e a humidade cobre o meu corpo com pequenas gotas de suor que esfriam temporariamente o fogo que me queima a pele. Hoje sou tua, sem pressa, sem força, sem vontade própria. Marionete dos sentidos. Estou completamente sobre o teu domínio e isso desperta a luxúria que existe em mim. É a tua língua que humedece os meus seios, traçando uma curva ascendente nos meus sentidos.
Paras e recomeças, amas e torturas. Cega, rasgo a tua camisa preta e ouço o estalar dos botões que voam para parte incerta. E nesse voo, tu marcas a rota, percorres o caminho e encontras o teu destino final entre as minhas coxas. Elevas o meu corpo de encontro ao teu e frente a frente, voluteias as minhas ancas e penetras tugido em mim. Abafas os meus sons quando encontras a minha boca. Moldas o barro, esculpes o meu corpo com hábeis mãos e lapidas a pedra em bruto que há em mim. Tornas-me inacessível, Deusa. E já madrugada, contornas o teu corpo no meu e adormeces-me nos braços de Morfeu.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Entre Linhas

"A solidão e o silêncio são asas robustas para os surtos do espírito."
Machado de Assis

The Man Next Door

Eduardo Verastegui

Tic Tac

Não entendo o tempo físico, não compreendo os minutos, os segundos ou as horas. Porque amei num segundo e este durou horas no meu olhar. Porque naquele minuto que a tua boca procurou a minha, o que seria uma fracção de segundos, pareceu-me uma eternidade.
Se num minuto estou aqui, logo passo para uma outra qualquer dimensão onde perduro o tempo a meu contento. Por isso vou-me pendurando nos ponteiros do relógio, porque nada fica no lugar, inerte e é perdurável. Há o movimento, o esquecimento, o simples rodar de uma corda de relógio.
Vou acertando o meu próprio relógio interno, separando as fases do dia pelos humores, amores e ódios. E mesmo não entendendo o tempo, deixo ao tempo o seu trabalho. Fazer dos segundos eternidades, fazer-me eterna nas tuas horas e de vez enquando esquecer os minutos que passam quando se olha simplesmente para o mar.

quarta-feira, setembro 24, 2008

The Man Next Door

Christian Bale
P.S: I can't help it ...
I don't know why it is ...
But can a man ever be too wet?

Entre Linhas

O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você
Autor desconhecido

terça-feira, setembro 23, 2008

NB

Quero agradecer-te, pelas palavras, pelo carinho e pela preocupação.
Quero agradecer-te a generosidade, a entrega e o teu tempo.
Que és uma pedra basilar na minha vida.
Que és uma pessoa excepcional, única e insubstituível.
Que adoro ter-te na minha vida
E que consegues fazer de mim uma pessoa mais forte, mais tranquila e mais amada.

The Man Next Door

Chris Evans

Entre Linhas

"As mulheres não bonitas estão sempre ciumentas dos seus maridos; as bonitas nunca! Não têm tempo. Estão sempre ocupadas com o ciúme em relação aos maridos das outras mulheres."
Oscar Wilde

segunda-feira, setembro 22, 2008

Autumn arrives





Besides the autumn poets sing,
A few prosaic days
A little this side of the snow
And that side of the haze.


Emily Dickinson

The Man Next Door

Carmine Giovinazzo

O que trazes contigo

Trazes-me um adormecer tranquilo
Um peito onde coloco o meu rosto
Pernas que se entrelaçam nas minhas
Mão que afaga o meu cabelo.
Trazes o riso contigo
Trazes histórias
Que nos envolve nas madrugadas
Trazes uma paz que ansiava
Um calor humano que me faz mulher
Amiga e amante.
O que trazes contigo?
Tudo o que és
E sem medos.

domingo, setembro 21, 2008

Entre Linhas

"É impossível para os seres humanos renunciar a uma fonte de prazer, uma vez descoberta."
Sigmund Freud

sábado, setembro 20, 2008

Entre Linhas

"Só os medíocres dão o melhor de si o tempo todo."
Oscar Wilde

The Man Next Door

Boris Kodjoe

Mamma Mia! - A não perder

Donna (Meryl Streep) é dona de um pequeno hotel e mãe solteira da espirituosa Sophie (Amanda Seyfried), que vai casar. Donna precisa superar o facto de que irá ficar sozinha e convida duas amigas especiais para o casamento da filha, do tempo que era vocalista de uma banda chamada Donna and the Dynamos. Procurando conhecer a verdadeira identidade de seu pai, Sophie convida secretamente três homens especiais. Depois de um big it na Broadway, Mamma Mia entra no cinema de forma simplesmente fantástica. Com um elenco de luxo, ao som dos intemporais ABBA, Meryl Streep reinventa-se, Pierce Borsnan e Colin Firth, com aquele sotaque britânico, enchem a tela. Saí-se com vontade de cantar, dançar e simplesmente a acreditar que: The Winner Takes it All...

sexta-feira, setembro 19, 2008

Entre Linhas

Um dia, aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante o seu jardim e decore a sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende o que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
W. Shakespeare

The Man Next Door

Antonio Banderas

quinta-feira, setembro 18, 2008

Entre Linhas

Um dia, você aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
W. Shakespeare

Dias

Hoje só quero me deitar, puxar os lençóis e aquecer o corpo, porque a alma está mais difícil.
Tive momentos em que senti-me em plena montanha russa, entre os altos e baixos do dia.
Passei por emoções, pessoas, situações….Passei pelo mau acordar, pela alegria de um olhar, pela tristeza de um encontro e pelas gargalhadas ao findar.
E ao deitar ainda sinto que não é o fim do dia, apenas o terminar de uma jornada, porque não sei ainda o que me reserva o sono
.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Entre Linhas

É Fácil dizer "olá" ou "como vai?". O Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém das nossas vidas...
Carlos Drummond de Andrade

Liga dos Campeões- F.C.Porto-3 Fenerbahçe-1


terça-feira, setembro 16, 2008

Assim é o meu amor

"Coração em seus lábios,
e alma no interior de seus olhos,
Macio em seu clima
e ensolarado como seu céu"

Lord Byron

segunda-feira, setembro 15, 2008

Entre linhas

Odeio o seu jeito de falar
E seu cabelo sem corte
Odeio como dirige o meu carro
Odeio quando ficas a olhar-me
E como lês minha mente
Odeio-te tanto que isso me abate
E me leva até a rimar
Odeio por sempre teres razão
Odeio quando mentes
Odeio quando me fazes rir
E mais ainda quando me fazes chorar
Odeio quando não estás perto
E quando não me ligas
Mas mais que tudo,
Odeio o jeito que não te odeio, nem um pouco, nem por um segundo nem nada

Do filme "10 Coisas Que Odeio Em Ti"

The Man Next Door

Gabriel Aubry

domingo, setembro 14, 2008

Entre Linhas

"Quando iniciamos a vida, cada um de nós recebe um bloco de mármore e as ferramentas necessárias para converter esse bloco em escultura. Podemos arrastá-lo intacto a vida toda...Podemos reduzi-lo a cascalho. Ou podemos dar-lhe uma forma gloriosa..."
Richard Bach

Post-it


Hoje nada me apetece mais que o silêncio

Desligo-me do mundo quando rodo a chave de casa, deixo para trás o telemovél e saio para este tempo incerto, em busca de ti. Como companhia trago papel e caneta. Quando me sento perto de ti, logo sou invadida pelo teu cheiro acre e forte. Estás revoltado, sinto-te inquieto, como enjaulado na tua dimensão. Fustigas o espaço, depois pareces adormecer nos meus braços, mas logo te envolves numa fugidia guerra entre onde queres estar e onde te levam os impulsos. Sinto que o horizonte já nada te diz mas no entanto é lá sempre que tu adormeces.
É tão poderosa a tua presença como relaxante, apaziguadora e terna. Facilmente enganas a quem pensa que lhe pertences, porque voltas sempre para onde queres e só levas contigo quem desafia o teu modo de ser. Por vezes sinto-te perdido, quase como se estivesses numa dúbia existência. Por isso me sento a teu lado e ouço-te. Porque me trazes a calma e explicas as minhas fúrias. Fazes-me sempre sentir bem-vinda porque sabes que me vou embora, mais cedo ou mais tarde. Não ouso sequer quebrar o teu movimento, pelo contrário, deixo que a minha mão te percorra devagar e acabo por ter a tua bênção.

sábado, setembro 13, 2008

Entre Linhas

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
W. Shakespeare

E porque não???

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José Castelo Branco - 'Loving Me'
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sexta-feira, setembro 12, 2008

Always on your side?

My yesterdays are all boxed up and neatly put away
But every now and then you come to mind
Cause you were always waiting to be picked to play the game
But when your name was called, you found a place to hide
When you knew that I was always on your side
Well everything was easy then, so sweet and innocent
But your demons and your angels reappeared
Leavin' all the traces of the man I thought you'd be
Leavin' me with no place left to go from here
Leavin' me so many questions all these years
But is there someplace far away, someplace where all is clear
Easy to start over with the ones you hold so dear
Or are you left to wonder, all alone, eternally
they say that love is in the air, but never is it clear,
How to pull it close and make it stay
Butterflies are free to fly, and so they fly away
And I'm left to carry on and wonder why
Even through it all, I'm always on your side


(texto adaptado: Always on your side)

The Man Next Door

Julian McMahon

quinta-feira, setembro 11, 2008

Entre Linhas

Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se eterniza, e nenhuma força jamais o resgata.
Carlos Drummond de Andrade

11 de Setembro - Porque temos memória

A cidade de Nova York fez um minuto de silêncio , hoje, (11) para lembrar os sete anos dos atentados terroristas do 11 de Setembro, que provocaram quase 3.000 mortes.
"Num dia como hoje, há sete anos, nosso mundo foi atingido por uma tragédia que nos uniu para sempre, em uma memória comum e uma história comum", disse o prefeito da cidade, Michael Bloomberg.
A celebração ocorreu nas proximidades da "zona zero", onde ficava o World Trade Center, destruído pelos ataques. O minuto de silêncio ocorreu às 8h46, horário exacto em que começaram os ataques.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Entre Linhas

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
Clarice Lispector

terça-feira, setembro 09, 2008

Noite única

Corre uma borrasca intermitente na janela do meu quarto. Aconchego-me mais a ti, à tua chuva, ao teu suor, à tua humidade. Escorre-me as mãos pelo teu peito e parto de novo ao encontro do meu prazer. Hoje estou insaciável de ti. Beijo-te vorazmente, porque me apetece arrancar todo o sumo dos teus lábios, sugar o teu lábio inferior e fazer rolar as nossas línguas, entrelaçando-as numa vertiginosa procura. Mas as tuas mãos não param, por isso seguro-as, prendo-te, arrastando-te de encontro à cama. Hoje és meu, sou dona, persecutória, líder do momento e das minhas vontades e acabo por rasgar com os dentes a última peça que cobre o teu corpo. Traço um trilho de fogo por entre as tuas pernas , marcando o meu terreno. Entre o teu ofegar, encontra-se a minha loucura. Por entre o brilho dos teus olhos esconde-se o teu prazer. E é o meu cabelo que fustiga as tuas nádegas, enquanto as minhas unhas ferem a tua pele. Monto-me no alto de ti e forço-te a penetrar-me. Sinto-me amazona, onde os meus saltos picam os teus flancos. E entre beijos rasgados, lábios sugados, carne inflamada, faz-me continuar a cavalgar-te. És pedra que quebro, mar que desalinho, montanha que alcanço, rio que corre dentro de mim. Mas ainda não estou satisfeita, porque só quando gritares o meu nome e o teu corpo restringir-se ao meu, poderei aplacar esta sede que tenho de ti. E quando te entregas, o teu corpo esvaí-se mesmo dentro de mim, trémulo, ofegante, suado, realizado.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Homenagem a ti...


domingo, setembro 07, 2008

Notas soltas

Segundo Ortega e Gasset : “Eu sou eu e a minha circunstancia”. Por isso, cedo, apliquei há minha vida a noção de não julgar os outros. Considerando que é extremamente difícil ficarmos por vezes ausentes de um ou outro julgamento precipitado. É como se o “julgar” fosse algo inato à natureza humana. Julgamos pela aparência, pelo carro que conduz, pelo modo como fala e superficialmente até pela forma como ri. Todos caímos nesse velho alçapão das aparências e seguimos a nossa vida como acorrentados uns aos outros. E se o meu vizinho me julga, porque não fazer o mesmo? Num nihilismo atroz que se vive, perdoem-me se não julgo, se não sou mais uma ligada à corrente da multidão. Perdoem-me se quero preservar ainda que meio escondido alguns valores (não materiais) e princípios básicos. Perdoem-me senão comparo pessoas pela sua aparência e palavras, mas sim pelos seus actos. Perdoem-me se o meu “julgamento” se baseia nos actos. Quantos “bem-vestidos”, líderes de consciências, defensores acérrimos dos valores tradicionais, fundamentalistas do que está errado, apontadores morais dos erros alheios, não passam só disso mesmo, um fato num corpo. Porque não é o fato que faz o homem, é o homem que tirando o fato se mostra homem. Perdoem-me se caí eu também num julgamento fácil, mas acredito nas acções, quer com bons ou maus resultados. Acredito no verbo agir e sempre em prol de outrem. Esta é a minha réstia de esperança no outro, na humanidade. Cansado anda o mundo das palavras vazias. Restam-me os actos, as acções simples e desprovidas de interesse. Resta-me acreditar que o ACTO faz a diferença e muda mentalidades.

Red Bull Air Race 2008

A Red Bull Air Race trouxe hoje às margens do Douro mais de 800 mil pessoas, que assistiram à vitória do piloto austríaco Hannes Arch. Foram dois dias intensos, de acrobacias únicas e muito calor humano. Hannes Arch atingiu o primeiro lugar com um minuto e sete segundos, conseguindo ultrapassar, no duelo final, o norte-americano Kirby Chambliss, até então com o melhor tempo da prova. Apesar da vitória de Hannes, confesso que continuo a ser uma fá incondicional de Peter Besenyei.
Para o ano há mais...

sábado, setembro 06, 2008

Para ti

Solta-me o cabelo e fá-lo deslizar pelos teus dedos
Porque enquanto percorres as minhas costas
Incendeias-me o corpo
Encosta teus lábios ao meu ouvido
E sussurra palavras ardentes
Porque quando o fazes
Quebra-se o tempo
Estende o meu corpo
E apaga a luz do quarto.
Basta-nos a cúmplice lua.
E eu deitada nua
Colo o teu corpo ao meu
Que cansado te procura.
Deixa que as minhas mãos
Trilhem novos caminhos no teu dorso
Faz de mim cavaleira.
Menina , mulher e alheia.
Entra-me de uma só vez
E apaga este meu fogo
Consumido pelo teu.
Treme, geme, grita
Na entrega do teu eu
E deixa que o teu corpo
Se esqueça no meu.


sexta-feira, setembro 05, 2008

Entre Linhas

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada."
Para ser grande, sê inteiro:
nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

The Man Next Door

Michael Vartan

quinta-feira, setembro 04, 2008

E vão...

Dois anos de escrita neste cantinho que é tão meu, neste pequeno jardim que sou tão eu. Confesso, depois de dar uma vista de olhos pelas páginas da minha vida, há alguns sentimentos que ainda mantenho: a mesma irreverência, a mesma sensibilidade à flor da pele, o carinho que dedico ao meu jardim e a igual paixão pela escrita.

...

Quando se perde o último brilho de um amor que acabou ou uma amizade que o tempo esfriou, ou algo tão importante como uma profissão a que se dedicou, entra-se na fase do luto, da auto-comiseração, da baixa auto-estima ou mesmo no esquecimento. Atravessa-se as piores dúvidas, os piores receios, os maiores medos e mesmo os pensamentos mais delirantes.
Vê-se o mundo como algo inútil, a vida como algo desperdiçado e a juventude que já passou. Sente-se mais o frio nos ossos e menos calor no corpo, desvia-se o olhar dos espelhos e escondemo-nos no sofá da sala, á espera que a noite passe e que o dia não chegue tão cedo.
Porque são horas amargas, horas de interrogação e vazias. Andamos pela casa como sonâmbulos, vestidos de uma peça qualquer, porque nos falta a motivação. São horas de tortura, dor e solidão. Mas são nossas. Porque por entre deambulações descobrimos quem somos, o que não queremos, a superficialidade dos “amigos”, o desinteresse dos conhecidos. Porque paramos para pensar, temos tempo, e juntamos as peças que estavam soltas. Perguntamo-nos qual o rumo, qual a saída, qual a luz que nos iluminará. E esperamos por uma voz que acompanhe o nosso silêncio, por uma mão que segure o peso no nosso coração, por solidariedade. Aquela que tantas vezes demos e tão poucas vezes a recebemos.
Pode-se descobrir num segundo algo que nos levou quase quatro anos a compreender e principalmente a aceitar. Descobre-se às sete da manha que a noite foi passando e nesse passado resolve-se uma vida inteira.
Descobre-se um amigo só pela preocupação da sua voz e descobre-se uma mentira só porque já sabíamos ser mentira mas nunca quisemos acreditar. Descobre-se o egoísmo num espaço tão curto como se descobre um verdadeiro amor, puro e isento de algo em troca. Descobre-se que não nos conheceram, que tem uma ideia errada acerca da nossa fragilidade ou força. E que usam a nossa amizade num prazer qualquer sórdido que nenhum Freud poderia decifrar. E è com pesar que no nosso luto, na nossa queda, no nosso mal-estar, estejam apenas como figuras de corpo presente. Pois eu prefiro mesmo a ausência. E no meio das minhas deambulações, nesta cruzada chamada vida, fica-me a dúvida. Talvez a culpa não morra solteira, talvez eu só esteja a receber aquilo que merecia. Afinal, fui eu quem escolhi os caminhos, as pessoas, a profissão e este estranho modo de ser e de viver.

quarta-feira, setembro 03, 2008

à flor da pele

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final...
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!
Eu estou tão cansado
Mas vou tomar
Aquele velho navio!
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final...

terça-feira, setembro 02, 2008

Entre Linhas

Não há metade do coração. Ou todo o amor ou toda a indiferença; quando não, é uma insustentável impostura, chamada estima.
Camilo Castelo Branco

Desafiar as leis da física

"Impenetrabilidade: dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo."
A curiosidade natural do homem, leva-o a explorar o ambiente que o cerca, observando, analisando, realizando experiências, procurando saber o porquê das coisas.
Hoje quero por em causa esta lei da física: é tão simples quanto isto, quando fazemos amor, aproximamo-nos desse impossível, são dois corpos que vão para além da condição física, é a metamorfose de almas, logo, o amor nega a lei física de impenenetrabilidade, porque tudo no amor é penatriblidade no seu expoente máximo.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Changes

Chega a altura em que o tempo nos foge

o dia já não é tão longo

e o sol esconde-se mais cedo

Aproximam-se mudanças

no meu corpo, na minha mente, na minha vida.

Velhos fins e novos inícios