sábado, setembro 29, 2007

"Boa sorte"

Vanessa Mata & Ben Harper
And a big smile in my face

sexta-feira, setembro 28, 2007

Um breve e belo vôo à letra S


Porque
Porque os outros se mascaram e tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Porque os outros são os túmulos calados
Onde germina calada podridão
Porque os outros se calam mas tu não
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo
Porque os outros são hábeis mas tu não
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, setembro 27, 2007

So

So you are falling in love again....

devo confessar a minha mágoa?
verter uma última lágrima?
sentir-te ainda mais longe?
já o poderia adivinhar...
és homem de paixões.
e eu?... a mulher das desilusões.

devo ficar triste?
não.
porque quando se ama algém esperasse a sua felicidade.
Desejo-te simplesmente seres amado pelo que és.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Tonight

I wich I could died in your arms...
And feel you inside of me
breaking the rules
and once again
make love with you
because I really miss you...

Tonight.

terça-feira, setembro 25, 2007

Against all odds

Veio num vento do sul
Pairando no ar
Leve como pena
Dança ao som do vento
Foi-lhe soprado ao ouvido
que o seu destino estaria naquele voo.
Atravessou tempestades.
Pairando, à espera que o mar acalmasse a suas fúrias.
E deixou-se guiar por um sonho maior.
Sem tempo para se agarrar ao vento,
Cai em terra árida.
Olha à sua volta e pergunta-se: era este o seu destino?
Sair do seu meio, enfrentar chuvas, vales e montanhas brancas?
Correr riscos, enfrentar a ira dos deuses nas costas do mar?
Era esse o seu destino?
Cair em terra árida?
Seria ali a sua casa?
Com a cabeça cheia de dúvidas, deixou-se ficar.
Esperava um outro vento, outro que a levasse onde pertencia.
Esperou…esperou…
Com o tempo, deixou o sonho.
Se era ali que teria de ficar, pelo menos tinha de lutar.
Penso que a terra árida se cansou de a ver sem nada para fazer
E deixou-a entrar por entre os seus grãos ásperos e secos.
Num misto de surpresa, a semente que viajara à procura do seu destino, o encontrara.
Seria uma difícil tarefa germinar onde não há vida.
Mas o tempo estava a seu favor.
E a pequena semente abriu-se.
Se aquele era o seu destino, talvez, …
talvez um dia poderia florir em todo o seu esplendor.
Porque mesmo contra tudo o que é possível acontecer,
Uma semente pode crescer em terra árida.

Quem???

Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
e me diz onde é a estrada?
Porque o caminho se faz entre o alvo e a seta...

segunda-feira, setembro 24, 2007

Pensamento da semana

"A energia tem por base o amor e o amor não se consegue à força "


Tolstoi in Ana Kerenina

domingo, setembro 23, 2007

O que tinha de ser...passado

Porque foste na vida,
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu,
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem,
E eu tua mulher
Porque tu me chegaste,
Sem me dizer que vinhas

E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma,
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser...

sábado, setembro 22, 2007

O picasso dos Mimos - Marcel Marceau




Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel Marceau ou Mime Marceau (Estrasburgo, 22 de março de 1923- Cahors, 22 de setembro de 2007), foi um dos mais populares mímicos de todo o mundo. Foi o responsável em reviver esta arte no período pós-guerra.

sexta-feira, setembro 21, 2007

She

Como descrever uma mulher única na sua essência? Talvez realçando as imensas facetas que encerra em si.
È pequenina mas gigante na bondade. Tem expressões que fazem lembrar ainda o brilho da sua juventude. Porque agora, mulher feita, ainda se ri de si própria. Há nela um quê de malícia que se descobre pelas gargalhadas e pela forma como brinca com as palavras.
È delicada, no andar, no silencio, na paixão, na amizade e no amor.
Amor incondicional como trata dos quem ela acolhe. Pensa sempre nos outros antes de pensar em si. Tem brio no que faz e fá-lo tão bem. Encara as dificuldades com tranquilidade, apesar de saber o que lhe vai na alma, esconde-se por detrás daquele muro onde sempre no seu silêncio procura as respostas e age.
Age como loba protectora das suas crias. Mulher inteligente, sabe quando calar e sabe quando deve agir. Sorrateiramente leva o barco a bom porto por meio da tempestade. Não é o rosto que ri, são os seus olhos que brilham translúcidos pelo amor que nutre e partilha.
Gosto dela como se gosta da vida, como se aprecia uma tarde de verão. Porque ela transmite paz e luz.
Quer no seu sorriso quer no seu silêncio.

After all she pass by, she is a woman with a thousand talents and still pure in her heart.


Para mim, serás sempre a "mãe" - Adoro-te

quinta-feira, setembro 20, 2007

???


É suposto eu ficar indiferente?

quarta-feira, setembro 19, 2007

Palidez do tempo

Cama
Fria
Corpo
Nu
Despeço-me
Peço-te
Um beijo
Que aqueça
Este leito
Leva-te
Eu deixo-me
Neste parapeito
Onde penduro
O vazio
O escuro
O salto.

terça-feira, setembro 18, 2007

...


Hoje pensei em ti de uma forma que há muito o não fazia.
Faltou-me o teu som, a tua gargalhada.
Hoje o meu dia foi menos, porque me faltou um pedaço de mim.

segunda-feira, setembro 17, 2007

...

Hoje teve de ser.
Adiei o quanto pude.
Agradava-me olhar e vê-las ali.
Símbolo de momentos, risos, carinho e de cumplicidades.
Mas hoje, tive de me desfazer daquele símbolo.
Não é nada que não tenha tido antes e nem serão as últimas.
Mas aquelas eram especiais.
Foram dadas com um amor e entrega incondicionais.
Cada uma delas me lembra os seus rostos.
Ao desfazer-me daquele imenso ramo de rosas de cor da paixão,
Lágrimas caíram de uma saudade e de memória.
Guardei uma, seca e plena na sua beleza.
Está no meu baú de boas recordações.
Daqui a uns anos, pegarei nela e sentirei exactamente o que senti,
Quando as recebi.

domingo, setembro 16, 2007

Pensamento da semana

"O homem procura um princípio em nome do qual possa desprezar o homem. Inventa outro mundo para poder caluniar e sujar este; de facto só capta o nada e faz desse nada um Deus, uma verdade, chamados a julgar e condenar esta existência... "

in"A Vontade de Poder"
Friedrich Nietzsche

sábado, setembro 15, 2007

Movimento II

Tenho sempre uma sensação estranha quando viajo.Não é medo, nem tão pouco ansiedade.
É um misto entre partir e ficar.
Há um lado em mim que me faz conjugar o verbo ir, sempre…E há um outro lado que me faz querer ficar quieta.
Adoro os aeroportos, as estações de comboio ou uma simples viagem de carro.Imagino os milhares dos sítios que me levaria um avião.
As culturas, os povos, as línguas, os cheiros e principalmente os rostos, são um desafio para um espírito aventureiro como o meu.
Quando mais nova, adorava os comboios, o barulho, o homem de azul que apitava e fazia aquela imensa máquina andar.Colava a testa ao vidro e tentava absorver ao máximo as paisagem que corriam.Tentei muitas vezes contar os postes que ladeavam a linha.Sabia o meu destino, mas a minha imaginação levava sempre a melhor.
E então eu via-me o Expresso do Oriente, percorrendo milhares de quilómetros para países estranhos e fascinantes.
Ainda hoje, sinto sempre um pequenino frio na alma quando levanto voo. O que me espera quando chegar?
Gosto em especial de pegar no carro e ir, sem destino…
Talvez porque agora saiba onde é o meu lugar no mundo, gosto de partir, mas sabe-me tão bem regressar…

sexta-feira, setembro 14, 2007

A minha rua

Vivo há tanto tempo nesta cidade e simplesmente não a conhecia. Gostava de passar incógnita por entre a multidão e por isso fazia desta cidade um único espaço, a minha casa.
Ao acordar senti vontade de andar, o sol fraco da manha acompanhava os meus passos. Sem saber que direcção tomar, optei primeiro por um pequeno-almoço no café perto de casa. Fui cumprimentada! Um bom dia dado de forma natural como se eu fosse uma cliente habitual. Senti-me bem e entabulei uma conversa com o Sr. José, finalmente sei o seu nome.
Saí do café e dirigi-me a uma rua que passo tantas vezes por lá e que nunca paro. Descobri que na D. Sofia, tinha sempre fruta fresca de terça a sábado e que na padaria a seguir, tem uns pães fantásticos e que saem quentinhos de hora a hora.
Há um quiosque que tem as revistas que eu procuro e que nunca encontrava. A D. Rosa disse-me que guardaria as revistas para mim. Fiquei encantada. Descobri uma lojinha simpática onde pudemos nos sentar, tomar um café e ver todo o tipo de livros. Tive de prometer que lá voltaria em breve, uma vez que descobrimos que tanto eu como o dono adorámos contar histórias… e que histórias ele tem para contar. Ofereceu-me um livro e um grande sorriso.
Sai agarrada ao meu novo livro e sentei-me no jardim, já o sol ia mais alto enquanto eu devorava o meu novo tesouro.
Agora passeio mais a pé, porque a minha rua tem uma vida que eu não conhecia e eu faço parte dela.

quinta-feira, setembro 13, 2007

...

Estou na lua.Neve branca.Estrelas cadentes.Pensamentos ausentes.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Problema- Reflexão

Problema- do Lat. problema <>s. m.,
questão que se propõe para ser resolvida;
coisa difícil de explicar;
dúvida;
questão;
mistério;
enigma.
Fui ao dicionário para entender a raiz da palavra problema, uma vez que esta palavra acarreta em si uma imensidão de significados.
Após esta pesquisa, desvendei a razão da existência do problema na nossa linguagem diária.
O próprio problema não deixa de ser um problema. Quase sinto que me meti numa encruzilhada de adivinhas dentro de um enigma. Sou acusada muitas vezes de ser auto-crítica suficiente que não deixo que outros me critiquem porque eu já o fiz. Engraçado, não sabia que isso se poderia tornar num problema. Ora mais uma vez a palavra problema.
Porque me apeteceu hoje escrever sobre problema/problemas, é porque tenho um problema! Ironias da vida! Não é uma coisa difícil de explicar, não é uma dúvida ou questão, nem tão pouco um mistério ou enigma. È simplesmente um problema, uma questão que eu tenho de me propor a resolver.
Vinha pelo caminho a pensar no meu dito problema e levantando os olhos, percorri os rostos das pessoas que passavam por mim. Bem vistas as coisas, todos eles carregam um ou outro problema.
Uns em silêncio, outros em voz alta o proclamam, como se ao falar ele, problema, torne-se num fardo menor.
Ainda às voltas com o problema e o meu problema, ligo a televisão. A notícia choca-me. Não interessa qual a notícia que foi, apenas que me chocou a ponto de escrever sobre Problemas.
Ao ver as notícias deparei-me com um problema, uma vez mais. È que o meu problema é tão pequeno perante outros problemas… Então porque achamos sempre que o “nosso” problema é que tem importância? Tenho por norma dizer que o grande problema da humanidade chama-se egoísmo, algo que é inato no ser humano. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, alguém o disse, mas por mais problemas que tenhamos na vida, eu prefiro sempre ver o copo meio cheio do que meio vazio. E no dia que o meu copo encher, vou ser jardineira! Complicado? Não. É uma receita simples e que se não resolve pelo menos ameniza. Transforma-se o problema numa árvore, e vai-se cortando os ramos, retirando o inútil do que é realmente importante. Se continuarmos a jardinar o problema, este será reduzido a uma simples semente. Imitando a natureza, porque não em vez de regar a semente não a deixamos morrer? Porque o meu problema só deixa de ser problema quando eu quiser. E em vez de lhe chamar problema, porque não lhe chamar atalho no percurso natural da vida? Ou uma pedra que entrou no meu sapato e eu não tive o cuidado de parar por um segundo para a tirar?
Vistas as coisas deste prisma, anima-se a alma e preparamo-nos para novos problemas. Perdão, preparamo-nos para um outro atalho…

terça-feira, setembro 11, 2007

Em silêncio



Em silêncio porque não há palavras que confortem a dor. Eu sinto, em silêncio.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Pensamento da semana

"A paixão torna-se uma força quando encontra saída no trabalho dos nossos braços, na perícia da nossa mão ou na actividade criadora do nosso espírito "

Autor: George Eliot

domingo, setembro 09, 2007

Dialetos de ternura

...Água morna em pele quente, cor aberta não perfura
Minha alma já ‘tá nua,...
...Depois da noite volvida
Um segundo ao teu lado já preenche uma vida
O conceito de tempo não entra
Na sensação...
...Aquilo que vivemos esta gravado no coração
Em cada beijo, há uma frase, em cada frase há um verso
Em cada verso há um lado do lado inverso
Uma história que ensombra a memoria
Da leveza irrisória de uma conquista notória...
...Foi por isto que esperei em cada noite que amei
Ou pensei que amei, porque é agora que eu sei
A razão da palavra consagrada
Que tanta gente dá á toa, em troca de quase nada...

sábado, setembro 08, 2007

...


São os detalhes que fazem sentido, quando o mundo nos absorve.
São os detalhes que fazem o que somos.
São os simples detalhes que me fazem amar-te

sexta-feira, setembro 07, 2007

Distraída

Tenho, confesso andado distraída… quase pouco ou nenhum tempo para escrever. Mas já me faziam cócegas os dedos e fervilhavam as palavras na cabeça. Quando se diz distraída, é suposto entender-se que algo ou alguém nos distrai. Não é o caso. Apenas ando um pouco à deriva e ao sabor das ondas. Se realmente é um estado de graça, esta distracção não me é normal. Normalmente ando de antenas e radar ligados, pelo menos é o que me dizem. Mas ultimamente deu-se uma espécie de non sence. Deve ser um vírus qualquer que anda no ar…digo eu. Só que enquanto ando distraída o mundo corre e o tempo passa… Só que não me apetece correr e as horas deixaram de ter importância. Talvez brevemente eu saia deste meu estado de “deixa andar”, por enquanto deixo-me ficar neste estado de graça, distraída não porque sou loira mas distraída porque me apetece não pensar.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Luciano Pavarotti- Fez-se o silêncio, ficam as memórias




"I think a life in music is a life beutifully spent and this is what I devoted my life to"








Luciano Pavarotti (1935-2007)

terça-feira, setembro 04, 2007

Lêr com atenção

Seja o que for
Que me fez vir p'ra ficar
Oh,seja o que for
Que me fez querer voltar
Seja lá o que for
Que procuro nos teus braços
Não me deixes ir embora
Ah,não te afastes dos meus passos
Seja o que for
Deixa a alma vazia
Seja lá pelo que for
Solta as feras,faz magia
Desperta-me os sentidos
"seja o que for" Paulo Gonzo

UM

segunda-feira, setembro 03, 2007

Movimentos


Há algo no movimento que me encanta.
Quer seja um corpo, os ponteiros de um relógio ou mesmo as linhas que se formam num rosto que sorri. Gosto do andar, para onde não interessa, fico só pelo simples movimento corporal. A forma como um gato se espreguiça, ou a forma como estendo o meu corpo na cama. As mãos que se abrem, estendem-se para o outro. Os abraços, como gosto de um abraço. É uma entrega total, é um abandono ao corpo de que se gosta. No movimento há uma acção contínua, há um querer. Invejo quem habilmente consegue num só movimento criar harmonia. Gosto da dança que os corpos trocam ao som de acordes que falam. O pincel numa tela. A caneta num papel. O bater de um coração. Movimento é vida, pura e simplesmente vida.

domingo, setembro 02, 2007

Momentos

Sento-me.
Olho o mar.
As ondas na sua vida.
E a minha vida feito onda.
Apercebo-me do vazio que me rodeia.
É bom.
Gosto do silêncio quebrado pela brisa.
E a água que respinga no meu rosto.
Quero não pensar em ti.
Por isso olho o mar, sempre o mar.
Dá-me vontade de ter a meu lado.
No silêncio.
Porque não quero palavras.
Quero mar revolto, tardes de maré vasa
Noites de lua plena.
Lençóis de seda.
Gosto de estar aqui.
Onde ninguém sabe.
Onde posso sair de mim.
Onde posso ir ao teu encontro.

sábado, setembro 01, 2007

Finalmente