Nós

Adormeci triste, deitada ao teu lado, respiração entrecortada…Pensamentos atolados em questões e em porquês…sem resposta.
Se por um lado, a minha sede se tinha aplacado na fonte de prazer que no teu corpo eu encontro e me perco…, por outro a solidão que vem com o sono, com a ausência do toque e a certeza que amanhã já não estaremos aqui. E faz confusão, como pode-se transformar as gargalhadas, a cumplicidade, os olhares, a entrega e o amor, em pó, cinza de novo esquecida. Apenas porque fechamos os olhos e o amanhã aproxima-se…

No esplendor do amanhecer, carrego a dor de te ver desaparecer, novamente!

(escrito a 14 de Novembro)

...

Em noites de chuva...

O que se passa na cama...

O que se passa na cama
é segredo de quem ama.
É segredo de quem ama
não conhecer pela rama
gozo que seja profundo,
elaborado na terra
e tão fora deste mundo
que o corpo, encontrando o corpo
e por ele navegando,
atinge a paz de outro horto,
noutro mundo: paz de morto,
nirvana, sono do pénis.
Ai, cama, canção de cuna,
dorme, menina, nanana,
dorme a onça suçuarana,
dorme a cândida vagina,
dorme a última sirena
ou a penúltima... O pénis dorme,
puma, americana
fera exausta. Dorme, fulva
grinalda de tua vulva.
E silenciem os que amam,
entre lençol e cortina
ainda húmidos de sémen,
estes segredos de cama.

Carlos Drummond de Andrade, in 'O Amor Natural'

Que melhor forma de expressar toda a intensidade de um amor? Que melhor forma de te dizer, que Amo, os nossos segredos na cama, o silencio e as gargalhadas, o poder e a acção, o momento e a sua continuação?

Que melhor forma de expressar a entrega, as palavras, os sons e as ilusões?

Que melhor forma de te dizer, que quanto mais tenho-te, mais quero-te???

Não quero...

Não quero acordar mais um dia sem ti.
Não quero ter de fechar os olhos e não seres o meu último olhar.
Não quero outro gosto que não o teu.
Outro ombro que me acolha.
Outros braços que me segurem.
Não quero outra boca que não a tua.
Outra mão que segure a minha.
Não quero mais andar perdida.
Não encontrar um rumo, uma porta, uma saída.
Quero-te sempre, a qualquer instante, a qualquer momento.
Porque a tua rua cruzou com a minha, e nunca mais quero caminhar sozinha.
Porque cansei de olhar para o rio por onde a vida passa.
E tu fazes-me querer viver.

Seja o que for

Talvez um dia,

eu consiga explicar, olhos nos olhos o que me fez mudar.
O que foste, porque o foste e porque jamais o serás.
Quem eu conheci, morreu no silêncio das mentiras,
Desvaneceu o encanto, mostrando-me o lado escuro da alma.
Se pudesse chamar-lhe desilusão, ainda era pouco.
Traição, será talvez uma das palavras, mas mesmo assim, é pouco.
È muito pouco.
Mais do que à mulher, feriste a amiga.
Mais do que o presente, inundaste de sujidade um passado.
Mais do que perder, eu esqueci.

APOEL-F.C. Porto, 0-1

O F.C. Porto venceu pela margem mínima em Nicósia, no reduto do APOEL. No encontro referente à 4ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, os dragões assentaram o seu jogo na criatividade de Hulk, mas seria Radamel Falcão a resolver jogo, no minuto 84. O avançado colombiano, após um período de desacerto na finalização, reencontrou-se com os golos. Os dragões carimbaram a passagem para a próxima fase!

Para nós

Não é porque alguém nos magou, não é por às vezes nos sentirmos perdidos, ou porque achamos que já nada vale a pena que devemos desistir dos nossos sonhos, da nossa vontade e principalmente de procurar a nossa outra metade.

Porque hoje, no meio do cinzento, fizeste o meu dia ter uma cor diferente. Tu és a minha diferença perante a vida.