Este meu jardim
This is what a voice says in my head when I try to get peace of mind.
Sou pássaro esvoaçante vestida de cinzento brilhante.
Sonhou que sonhava e que a seu lado caminhava tranquilo o tempo. Pediu-lhe explicações pelos segundos em que ele tardava e porque a deixava pendurada, presa nos ponteiros da espera. E o tempo sorriu-lhe, como se não houvesse tempo para lhe explicar o que o próprio tempo leva o seu tempo. Caminhava tranquilo a seu lado, sem hoje, ontem ou amanhã. E ela descontente porque já faz muito tempo que espera.
Eu corro para o mar para não me lembrar de ti
Encosta o teu pensar no meu ombro e faz dele porto onde descansa o guerreiro que és. Na tua pele encontro o mar e o teu peito é a embarcação atracada pelo luar. Sopra baixinho, lá ao fundo o meu encanto, porque nele descanso. Deixa-te ficar, aqui, onde é o teu lugar. Deixa-me amar todo o teu esplendor, sem a dor, sem pesar. Ah… o tempo ausente que passa nos intervalos das horas… encosta-te e descansa esse teu corpo divino que de mim faz viajante em território amante. Se os olhos fecharem, velarei teu sono, embevecida pelo teu corpo, pela pele que queima os dedos aflitos do meu olhar.

Não são as saudades que me ferem,
Como pode ser gostar de alguém
Neste dia, o Dalai Lama, o líder exilado do Tibete, recebeu o Prémio Nobel da Paz pela sua campanha de não-violência contra o domínio chinês do Tibete. Em 1950, a China invadiu o Tibete e introduziu uma legislação anti-religiosa no Tibete (população praticante da religião budista). Nove anos depois, os tibetanos insurgiram-se contra as forças chinesas. O Dalai Lama, no seu exílio auto-imposto na Índia, conseguiu que o resto do mundo conhecesse a opressão da China sobre o povo tibetano e a sua religião.
Podes sempre escolher este meu canto para limpar a tua alma, e se as lágrimas estão soltas, deixa-as cair. Regarão a vida que cresce em cada palavra escrita.
Palavra que treme num vibrar de grito preso.
Se o vento acalmasse a minha força, o meu querer.