sexta-feira, outubro 26, 2007

Sou

Sou pássaro esvoaçante vestida de cinzento brilhante.
Sou o voo que a nada se dirige, mas que procura o seu canto.
Sou voz que se eleva nas penumbras da noite.
Clamo um amor eterno, um beijo ou a mão.
Sou mão que aperta a lua contra o peito.
Desfeito pelas águas do norte, pelo gelo do silêncio.
Sou ave que canta a paixão dos dias
Dias findados de sorrisos apagados.
Sou Fénix renascida
De fogo e não cinza.
Sou o tormento dos tempos porque engano as horas.
Minutos de sobra para pensar o sonho.
Sonho e voo.
Sou pássaro alado e amado.