Tic Tac
Não entendo o tempo físico, não compreendo os minutos, os segundos ou as horas. Porque amei num segundo e este durou horas no meu olhar. Porque naquele minuto que a tua boca procurou a minha, o que seria uma fracção de segundos, pareceu-me uma eternidade.
Se num minuto estou aqui, logo passo para uma outra qualquer dimensão onde perduro o tempo a meu contento. Por isso vou-me pendurando nos ponteiros do relógio, porque nada fica no lugar, inerte e é perdurável. Há o movimento, o esquecimento, o simples rodar de uma corda de relógio.
Vou acertando o meu próprio relógio interno, separando as fases do dia pelos humores, amores e ódios. E mesmo não entendendo o tempo, deixo ao tempo o seu trabalho. Fazer dos segundos eternidades, fazer-me eterna nas tuas horas e de vez enquando esquecer os minutos que passam quando se olha simplesmente para o mar.
Se num minuto estou aqui, logo passo para uma outra qualquer dimensão onde perduro o tempo a meu contento. Por isso vou-me pendurando nos ponteiros do relógio, porque nada fica no lugar, inerte e é perdurável. Há o movimento, o esquecimento, o simples rodar de uma corda de relógio.
Vou acertando o meu próprio relógio interno, separando as fases do dia pelos humores, amores e ódios. E mesmo não entendendo o tempo, deixo ao tempo o seu trabalho. Fazer dos segundos eternidades, fazer-me eterna nas tuas horas e de vez enquando esquecer os minutos que passam quando se olha simplesmente para o mar.
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