quarta-feira, setembro 03, 2008

à flor da pele

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final...
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!
Eu estou tão cansado
Mas vou tomar
Aquele velho navio!
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final...