quarta-feira, novembro 14, 2007

à noite

Vagueia pela noite
um corpo quente
uma alma perdida
nesta ilha que chamamos vida.
Percorre as ruas da cidade
que não levam a lado algum.
Veste-se de negro
e esconde-se num copo.
A voz sai rouca e incerta.
O olhar vagueia pelos vultos
todos eles frutos
caídos pela noite.
Sequiosos de sons
que afastem a solidão.
Sequiosos de gente
que ocupe a mente
nem que seja pela fracção do momento.
Algo que desperte o corpo dormente e ausente.
E o copo segura o fio dos dias
a dor das despedidas
e o voltar das noites frias.