sexta-feira, novembro 16, 2007

A dicotomia do amor

Pode até parecer um pouco ridículo iniciar esta nova fase do jardim a falar do amor.
Mas o que eu pretendo não é falar do amor per se, mas sim como este altera a nossa forma de ser. Eleva-se em demasia o ideal poético do amor, fruto de gerações encobertas por amores trágicos e fatais. Temos estórias na História que nos prova isso: Tristão e Isolda, a nossa Inês de Castro, Sansão e Dalila, Branca de Neve, Romeu e Julieta etc. Dedicamos metade da nossa vida à procura de alguém que nos complete (adoro esta frase!!!!) e passamos o resto da nossa vida a maldizer, interiormente é claro, porque raio escolhemos essa pessoa? Paradigmas à parte, o ser humano gosta deste jogo entre a dor e o prazer. Procura-se a calma e tranquilidade nos outros, escondendo a nossa falta de tranquilidade. Procura-se no outro a diferença que nos completa e depois… depois não aguentamos tanta diferença porque queríamos alguém igual a nós.
Por isso gosto de ver casais no seu habitat natural, Ver que no meio de tantas discussões e afins, há um código secreto entre eles, um aceitar de forças contrárias em nome de algo superior Se o amor for entendido como, cumplicidade, amizade, respeito e acima de tudo compreensão no silêncio, assim eu entenderei que realmente é o amor que nos transforma e que faz dos nossos dias um pouco mais fáceis de suportar. A dicotomia do amor é que nem sempre é quando queremos, mas sim quando o aceitamos tal como ele é, um acaso na vida sem qualquer fim previsto.

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