Ao meu querido Pai
Hoje, sendo o Dia do Pai, mais uma vez o tempo dita-nos expressões e sentimentos, porque o tempo tem destas coisas, marca o ritmo da vida, os acontecimentos e as memórias.
Como estou marcada por um tempo, tenho presente as lembranças que não se apagaram com o tempo. Não me lembro de tudo, esqueci a tua voz, mas não a tua expressão.
Hoje lembrei-me do teu sorriso, das tuas mãos e do incrível azul que tingia o teu olhar.
Lembrei-me dos primeiros cabelos brancos que teimavam em colorir o teu negro cabelo, mas que a meu ver ainda te tornavam mais bonito.
Lembrei-me dos nossos jogos ao domingo, para ver quem pagava o café e forma quase irritante, pelo menos para o avô, quando discutiam política e o estado da nação e tu só para o contrariar , optavas por fazer o papel do diabo.
Lembrei-me das nossas viagens, quando pegavas em mim e escolhias-me como tua co-piloto e íamos pela estrada, num simples gosto de fazer quilómetros. Herdei de ti essa vontade de percorrer estradas e ver paisagens diferentes.
Ou quando aos sábados eu ia contigo ver carros, a tua grande paixão e explicavas-me com cuidado porque razão te dava tanto gosto lidar com os mecanismos dos automóveis.
Ainda hoje, gosto do odor que uma oficina tem, porque trazem-te de volta e eu sinto a minha mão colada à tua.
Lembro-me do teu orgulho quando sentada no teu colo lia-te o jornal, com apenas cinco anos.
Lembro-me de me dizeres que eu dava “folga “ ao volante, quando fazia as curvas sentada no teu colo. Eu não sabia o que isso significava mas dito por ti era um elogio. Lembro-me de ficares nervoso quando fazia asneiras e depois aquele sorriso matreiro, tão teu, desfazia toda a bravura do momento.
Mas do que eu mais me lembro, isso, está no meu espelho todos os dias… Eu sou tão igual a ti.
Eu acredito no tempo, porque o tempo passa mas não apaga. Porque o tempo leva mas não definitivamente. Porque cada vez que eu sorrir, chorar ou simplesmente sentir a tua ausência, basta-me lembrar. Não só hoje, mas para o resto do meu tempo, até ao dia que nos voltarmos a encontrar.
Como estou marcada por um tempo, tenho presente as lembranças que não se apagaram com o tempo. Não me lembro de tudo, esqueci a tua voz, mas não a tua expressão.
Hoje lembrei-me do teu sorriso, das tuas mãos e do incrível azul que tingia o teu olhar.
Lembrei-me dos primeiros cabelos brancos que teimavam em colorir o teu negro cabelo, mas que a meu ver ainda te tornavam mais bonito.
Lembrei-me dos nossos jogos ao domingo, para ver quem pagava o café e forma quase irritante, pelo menos para o avô, quando discutiam política e o estado da nação e tu só para o contrariar , optavas por fazer o papel do diabo.
Lembrei-me das nossas viagens, quando pegavas em mim e escolhias-me como tua co-piloto e íamos pela estrada, num simples gosto de fazer quilómetros. Herdei de ti essa vontade de percorrer estradas e ver paisagens diferentes.
Ou quando aos sábados eu ia contigo ver carros, a tua grande paixão e explicavas-me com cuidado porque razão te dava tanto gosto lidar com os mecanismos dos automóveis.
Ainda hoje, gosto do odor que uma oficina tem, porque trazem-te de volta e eu sinto a minha mão colada à tua.
Lembro-me do teu orgulho quando sentada no teu colo lia-te o jornal, com apenas cinco anos.
Lembro-me de me dizeres que eu dava “folga “ ao volante, quando fazia as curvas sentada no teu colo. Eu não sabia o que isso significava mas dito por ti era um elogio. Lembro-me de ficares nervoso quando fazia asneiras e depois aquele sorriso matreiro, tão teu, desfazia toda a bravura do momento.
Mas do que eu mais me lembro, isso, está no meu espelho todos os dias… Eu sou tão igual a ti.
Eu acredito no tempo, porque o tempo passa mas não apaga. Porque o tempo leva mas não definitivamente. Porque cada vez que eu sorrir, chorar ou simplesmente sentir a tua ausência, basta-me lembrar. Não só hoje, mas para o resto do meu tempo, até ao dia que nos voltarmos a encontrar.
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