sexta-feira, abril 11, 2008

à espera

Tenho andado um pouco distraída ou abstraída do mundo. Acordo sempre com a sensação que deveria era ficar na cama, esconder-me do mundo e ficar quieta, pelo menos até esta chuva maldita passar. Confesso que gosto de chuva, das noites em que adormeço com o fustigar veloz de águas inquietas na minha janela. Mas, o meu corpo já começa a sentir nas suas entranhas a necessidade de luz e principalmente do calor. Estou com saudades do sol, das tardes na foz e do tempo quente. Estou cansada das roupas grossas, casacos e botas, do malfadado guarda-chuva e do cinzento dos dias. Não condiz este tempo com o meu estado de espírito. Por isso, nem tão pouco me tem apetecido escrever, vou deixando correr os dias no seu ritmo e sempre à espera que uma manhã destas, eu abra a janela do meu quarto e brinde a um dia solarengo e quente. Enquanto isso, vou deixando o chão enlameado e as noites frias fora da porta, à espera de dias melhores.

2 Comments:

At domingo, abril 20, 2008, Blogger J.B said...

O tempo leva-nos a uma mudança do estado de espírito porque não nos deixa fazer aquilo que mais desejamos e queremos. É como se perdessemos vontade para fazer aquilo que mais desejamos, porque o tempo passa sem darmos por ele passar.
O tempo voa,mas não apaga este ardor que arde e o prazer contido que nos torna carne com os nossos corpos molhados entre lençóis de linho ou seda, para que os nosso corpos juntos se unam como se fossem um só.

 
At segunda-feira, maio 05, 2008, Blogger J.B said...

O ser humano espera cada vez mais por soluções e acontecimentos exteriores.
Confundimos fé, esperança, com inactividade e preguiça. Confundimos pacifismo com passividade. Confundimos justiça com vingança.
É tempo de acordar e perceber que estamos no comando da nossa própria embarcação, porque decidimos através do livre-arbítrio, os rumos da nossa própria viagem pelos mares do crescimento, da evolução.
Decidimos se chegaremos imediatamente aos destinos, ou se permaneceremos por muito tempo à deriva.
Decidimos se manteremos o olhar no horizonte, e os ouvidos encantados pelo som do mar, ou se nos deixaremos seduzir pelo canto perigoso das sereias destas distracções do caminho da vida que nos fazem afundar. Somos nós que decidimos o momento de perdoar. Somos nós que decidimos o momento de começar a amar verdadeiramente.
O amor não nos escolhe. Nós é que escolhemos o amor.
O amor produz sempre um efeito positivo em quem o recebe e, de maneira mais intensa, em quem o pratica. Por esta razão, o amor é, e sempre será, a melhor opção.

 

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