quinta-feira, julho 26, 2007

É-se...

Estende o corpo de forma lânguida pela toalha.
Sabe-lhe a pouco o barulho do mar.
Queria ser mar.
Queria ser água.
Agua que purifica.
Água que cura.
Que trás em si as ondas que provocam risos.
Queria embrulhar o seu corpo feito areia e deixar-se levar para onde o mar a levasse.
O sol sorri-lhe em sinal de concordância.
Quase a cair num sono de embalo ao seu som, o mar entre em si como um naufrago.
Percorre com as gotas salgadas as formas da natureza.
Humedece o seu corpo com suaves carícias.
E quando levada pelo mar, o seu corpo entrega-se.
Eleva-se a vida a uma dimensão superior.
É-se parte da natureza.
É-se água.
Adormece-se.