sexta-feira, agosto 03, 2007

...

Entre um copo e outro e tudo à minha volta
turva-se em lentos movimentos.
Soam mais suaves as gargalhadas e o barulho deixa de se sentir.
Num emaranhado de sons ouço uma voz que me leva.
Embrenha-se no meu corpo como pele.
Veste-me das suas gotas.
Serpenteia as minhas entranhas.
Cabula o meu ente.
E é neste estado letárgico em que me encontro.
Entre a voz que me chama e o grito que trago preso na garganta.