O meu horizonte
O meu horizonte está em obras.
Não sei qual o caminho que percorro, se é o mais certo ou somente se é aquele que por força das circunstâncias sou obrigada a percorrer.
Não sei ainda bem para que lado do sul o norte me leva ou se a leste estarei no oeste agreste da vida.
Não sei se a força que me levanta não é a mesma que me mantém neste local.
Nem sei sequer se quero sair ou se por falta de certezas me deixo pairar neste ar de mar, nestas ondas de vento, neste tormento.
Neste virar de mar qual será a minha praia, a que cais eu irei parar?
Porque não sei parar, é verbo que não uso.
Mas sei quando é tempo de partir, sempre soube…
E neste vai-não-vai, teço a teia do atalho que me deixei enrolar.
Porque nela eu sou a presa, a viúva negra, o alimento e os despojos.
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