sábado, julho 19, 2008

Quente

Acordei, como emergida de uma queda de água. São 2.35 quando olho para o relógio o meu corpo ainda treme e sinto-me humedecida. A janela do quarto está aberta, mas pouco ou nada de brisa corre entre as paredes. Os cabelos estão encharcados e não deve haver nenhum poro no meu corpo que não se tenha manifestado. Toda eu sou humidade e desejo.
Parece-me surreal porque é fogo que sinto nas veias e um latejar constante. Deve ser deste maldito calor, penso. Tiro o meu corpo desnudado da cama e entro na banheira, deixo que saia a água fria primeiro para que tolde toda esta exuberância luxúria que o meu corpo reclama. Ainda sinto no corpo um formigueiro. Quando mais calma, deito o meu corpo húmido sobre o lençol.
E agora que já corre uma pequena brisa, permaneço deitada envolvida pelo ar, deixando que o meu corpo seque. Tento adormecer, mas estou demasiado inquieta.
Ligo a música para tornear os meus pensamentos e volúpia. Hoje nada resulta, vai ser uma longa noite… num frenesim que me faz manter o corpo em alerta e as mãos ainda mais inquietas...