segunda-feira, janeiro 07, 2008

Darkness

O escuro atrai-me.
São braços de ferro que me puxam.
Que me tornam insensível à dor.
Negro.
É este corpo que viaja nas tuas mãos.
Leio-te pensamentos.
Procuro o meu lado mais obscuro.
Sátira da morte.
Vida inanimada.
Corpo pesado, lento, cansado.
O sangue forra o meu negro.
Lembrança de uma vida.
Término.
Busca de prazeres em corpos estranhos, sou eu.
A mais estranha naquele quarto.
Deixo-me tocar por mãos frias, num corpo gélido.
Beijam uma boca que nada sente.
Entram numa mulher que se esconde no escuro, à espera.
Que sabem da minha escuridão?
Estou parada no tempo somente à espera que o tempo acabe.