sexta-feira, dezembro 28, 2007

O que deixas

Deixas em mim um rasto daquilo que fui,
Partes sem medo sequer de voltar.
Estendes a palavra como ela fosse tua.
E cobres sem cor este corpo que desnuda.
Tez pálida que acentua as feições
Entre o que fui e o que sou.
Alma mater de uma vida ausente.
Crente de sonhos vazios.
Sou a ave que não se prende
Surpreende…
E se em voz alta grita o seu corpo
Em silêncio sussurra a sua alma,
Condor em viagem sem regresso.
È no alto que se perde
É no céu que cruza os oceanos
Que encontra a paz.
Porque partes sem medo de voltar
Porque fico sem medo que não regresses.