Pensamentos soltos

Ando a pensar neste mundo que a todos pertence e que não é de ninguém.
Até quando vamos ignorar responsabilidades nos actos e palavras que proferimos…
Vivemos sempre com a sensação que o amanhã é um dado adquirido, que o tempo não passa por nós. E fazemo-lo de for ma totalmente irresponsável e inconsciente. Tenho a notória sensação que enquanto o problema do vizinho não me atinja, tudo permanece igual no nosso dia-a-dia. O que significa para mim os gritos e barulhos que eu ouço no apartamento ao lado? Ou que inundem as caixas de correio com panfletos de promoções absurdas? Ou que por baixo da minha entrada dorme um homem a quem a água não chega e o jornal é o cobertor da noite? Ou que o tempo não está igual ao que era e mesmo assim continuo a não separar o lixo? Que diferença me faz se um ciclone matou mais de 2000 mil pessoas? Ou que nesta época que se aproxima existam milhares de pessoas abandonadas nos hospitais por familiares? Que existem pessoas a viver em condições tão precárias? Pergunto-me até quando, neste pedaço de terra plantado à beira mar, somos atulhados de leis que protegem os ricos e de leis que ofuscam os que lutam para manter uma vida mínima.
Fico-me por esta tese: Na velhice os ricos terão a genética, e os pobres os genéricos…