No teu dorso
Quedam-se-me os dedos no teu dorso,
serpenteio o meu corpo em chama.
Numa curva do teu leito encosto o meu pesar,
soltas-me o cabelo e apertas-me o seio.
Sugas a vida que nele encerra,
cortas-me o ar que respiro.
No chão estendes-me.
Coberta em vermelho de sangue.
Fazes-me a carpir águas de paixão.
Quedam-se-me as mãos no teu dorso,
Golpeio o teu movimento.
Sou amazona ao relento,
Cabelo solto e ávida
Em busca do prazer sedento.
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