...
Olha-o como parte de um pedaço de lua quebrado. Espelho que reflecte luz inanimada. Olha-o pelo fundo de uma garrafa, líquido macio que queima e alimenta. Faz-me sentir amada, pede-lhe embriagada. No seu corpo traça o mapa de atalhos em busca do caminho. Sabe-lhe a quente mas ela continua ausente. Presa neste emaranhado de veias que latejam sem dó. Quer as suas mãos em cada pedaço daquele corpo abandonado. Quer a seiva daquele medo encarcerado. Olha-o como presa atada pela solidão e pede-lhe: faz-me sentir amada…
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