segunda-feira, agosto 13, 2007

In temporis


Fala-me do tempo como se não fosse nele que encerro os meus dias.
Fala-me das horas que percorro no segundo que te vejo.
Da saudade que marcam os ponteiros do relógio.
Do ponteiro pequeno que teima em correr.
E do maior que quando espero, entorpece o seu andamento.
Se não fosse a vida célere…
Se não houvesse atalhos antes do caminho…
Se ao menos a verdade não cerrasse em si o meu medo.
Se houvesse tempo para lá do tempo…
Prometia-te…
Que se fazia noutro futuro o nosso encontro.