A menina do seu Pai
Solta o pião em forma de coração.
Num cordel a esperança, a imaginação e o sorriso.
Travessura no olhar, e lá vai o pião em forma de coração.
No seu mundo giram as palavras de protecção.
Quer crescer e voar mais alto,
Tem braços que amparam o seu trambolhão.
A menina do seu pai.
Esfola o joelho que deixa marca.
Um traço que não esquece a sua infância.
Por entre as lutas dos índios e cowboys,
Constrói o seu forte.
Corre como se o tempo fosse seu e o vento o seu cavalo alado.
No ar tudo cheira a brincadeira.
Nos olhos reside a paixão que só o seu pião lhe dá.
É criança e sonha.
É criança e é feliz.
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