O meu fado
Por que caminhos andaste que eu olhava e não te via?
Porque me deixaste só tanto tempo?
Estiveste à espera que eu crescesse?
Ficaste de guarda nas minhas desilusões?
Porque me deixaste com amores em segunda mão?
Porque deixaste ferir o meu coração?
Eu sei,
se eu não atravessasse este rio,
nunca poderia ter encontrado o teu mar.
E olho-te como sempre tivesses sido meu,
e ouço as tuas histórias como bálsamo.
O que eu já não esperava,
o que eu negava,
o que eu me resguardava,
em muralhas de dores...
Bastou um sorriso teu, e em papel, desfiz o meu fado,
tão mal traçado.
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