domingo, abril 26, 2009

...

Se a minha pele falasse, lembraria o toque dos teus dedos que percorrem nas linhas vastas deste corpo tão teu…Se a minha alma falasse, lembraria o tom da tua voz , que baixinho, enche este meu canto, tão meu, tão teu, tão nosso.
Se a minha cama falasse, lembraria os nossos risos, a metade minha que se perde em ti, e o que ganhas de mim. Se houvesse forma de colocar em frame as memórias, eu colocaria o teu sorriso, a gargalhada que arranco de ti sempre que penetro o teu mais escondido segredo. E ao deixares a minha cama vazia, deixas o meu corpo sempre sedento da tua volta.
Por isso a cada amanhecer, percorro com gosto a tua volta, o teu sono profundo e emergido quase por passe mágico, estás aqui de novo. E torno ao nosso mundo, aquele que ninguém tem acesso, aquele em que finalmente desligamos o tempo e somos uma vez mais únicos e inseparáveis. E é por esses amanheceres que o meu coração anseia, que vive, que respira…
Porque no oceano de rostos que se cruzaram na minha vida, foi sempre o teu que eu procurei,e porque finalmente me encontraste e finalmente estás em casa.