segunda-feira, junho 11, 2007

Deambulações pela existência I

Caro C., o escritor e filósofo José Ortega y Gasset dizia, na sua obra: El Hombre y la gente: “Eu sou eu e a minha circunstância”.
Com isto, penso que serão as circunstâncias que arrastam as pessoas a determinados comportamentos que socialmente são aceites e inclusive incentivados.
Durante o nosso crescimento, retiram-nos o prazer da simplicidade e acima de tudo a unicidade.
Somos massas, alguns em forma de “carneiros”, agimos em grupo, porque o Homem não pode ser uma ilha.
Mas se mudarmos as circunstâncias produz-se no ser humano uma espécie de comportamento formal. Ninguém gosta de mudanças. Se não mudou, se outros continuam iguais a si próprios, então qual o porquê da inquietação? Situação geográfica altera a personalidade, as ideias, a unicidade de cada um? Se calhar, é só uma forma de desculpa para mudarmos todos a nossa verdadeira forma, ou melhor, sermos os camaleões que a vida nos ensina.
Quem não se altera e até sobressai se tem uma plateia?
Quem, não se fecha em concha porque a multidão aniquila a sua essência?
Não foram eles que mudaram, ou mesmo você que mudou….
Apenas o tempo nos faz ver as verdadeiras cores de cada um.
Talvez, só esteja mais desperto, ou mesmo mais incerto.

1 Comments:

At terça-feira, junho 12, 2007, Anonymous Anónimo said...

DESCARTES escreveu:

"Aquele que deixa de acreditar em si envenena a sua própria alma."

A vida ensina-nos muitas coisas, todas elas servem para o nosso crescimento pessoal e espiritual, as mudanças serão sempre obrigatórias, porem nunca o deveriam ser por imposição das maiorias, mas sim porque entendemos que temos que mudar, para nos adaptarmos a esta ou aquela situação de forma a nos sentirmos mais realizados ou até mais felizes. E são estas imposições que nos obrigam a viver em dois "mundos",este em que estamos inseridos socialmente, e aquele que criamos e onde somos nós mesmos, sem termos receio da censura ou desdém.

 

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