D.E II - nós e a natureza
O belo se torna feio pela natureza egoísta do Homem.
Temos a capacidade da inovação, da criatividade, de sermos únicos num universo vasto e no entanto, ao afastarmo-nos dos nossos antepassados criamos raízes de um mal que irá passar para gerações futuras.
Se água fossemos, manteríamos a pureza e a justiça como pano de fundo e razão essencial da nossa existência.
Mas não somos nem fazemos parte dos quatro elementos da terra.
Muito pelo contrário, usurpamos o que é natural para o transformar-mos em algo vago, impuro, injusto, incoerente e simplesmente perdido.
Antoine-Laurent de Lavoisier dizia que na natureza nada se perde e tudo se transforma. Há uma renovação constante que faz perene o estado natural das coisas.
O animal selvagem que sabe ser presa também sabe ser predador.
O ser humano, adulterou esta lei e transformou-se única e exclusivamente em predador.
Somos predadores e perdedores.
Se a nossa busca era a razão da existência, ficamos somente pela busca, porque outros valores se elevaram e em nome desses valores, perdemos o contacto com a nossa natureza, ou talvez não...
E se realmente a condição para a existência de um ser racional fosse o de chegar tão perto da perfeição aponto de saber o que é e não o conseguir atingir?
E se há um plano superior a nós que nos consideramos acima de tudo e de todos?
Só uma busca interior nos dá respostas. Podemos não saber a razão da existência mas podemos transformar a nossa existência numa razão.
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