À noite
Pedra calçada, frágil pegada.
Quebra-se a noite, com os teus passos.
Quebra-se o silêncio e tu lanças os dados.
Fogo que gira à volta do ar
serpenteando sem parar
velhos rostos
difusos e toscos.
Fogo, queima a pedra, queima o mar
Solta então os teus gemidos
aqueles que acalentam os temidos.
Crucifica essa pele queimada
sem medos sem nada
e voltem os sonhos de sempre
Tu, fogo, pedra...presente.
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