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Perdi-me de novo. Onde queria ir, fiquei parada, na voz, na dor, que não a minha, nas lágrimas e no sentido de vida. Tenho os braços dormentes, os lábios cerrados e juro que não deixarei cair uma única lágrima. Tenho medo. Já perdi tanto e no entanto de novo este vazio. Como se a minha alma se desligasse, como se o ar deixasse de entrar. Deixei de respirar. Sinto a dor no rosto que persegue o meu sono. Não tenho encantamentos ou palavras mágicas. Não tenho mesmo a noção de onde este trilho seguirá e qual será o acto final. Por isso este gelo no meu corpo, esta inquietude constante, este pavor cruel. Invoco ao meu anjo que ilumine outro caminho que não o meu, que guie em esperança o que ainda é e será.
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