...
Braços abertos em pleno ar, à espera de um corpo, de uma alma.
Alma vagueia em mares sem destino ou porto e desespera os braços.
Braços cansados do sol que torra e aquece o medo.
Medo de esperar o que o mar não devolve.
Devolve e revolve a areia sem chegar o que se perdeu.
Perdeu-se a vontade e o sonho.
Sonhava com a conquista de novos mundos.
Mundo seu que não fora ainda descoberto.
Descoberto pela mão do homem.
Homem que traz no rosto a marca do tempo.
Tempo que não tem para mais recordar.
Recordar não entra no seu horizonte.
Horizonte negro que as nuvens encobrem o seu rosto.
Rosto salgado que se mede pelas rugas.
Rugas da vida, do momento, das causas.
Causas que perderam-se nesse imenso mar.
Mar a que chama lar.
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