terça-feira, outubro 24, 2006

O tempo

Alterar a nossa forma de estar na vida não é uma tarefa fácil e nem sempre corre da forma como esperávamos. O mais certo é pormos demasiadas expectativas no dia seguinte, ou seja, será sempre o dia seguinte o dia melhor da nossa vida! E é desta forma que passamos sobre os dias. Primeiro achamos que iremos ser sempre jovens, adquirimos o estúpido hábito de achar que seremos eternamente jovens e que o tempo é só uma questão de ter esperança no dia que vem.
Ao cairmos nesta metáfora: “Hora a hora, Deus melhora” vamos constantemente adiando decisões, problemas, e acima de tudo adiamos o agora, tal qual ele é, tal qual ele se nos apresenta. Quando pequenos assumimos constantemente a necessidade de crescer… Ironia do tempo, quando crescidos, tentamos sempre voltar de uma forma ou de outra ao nosso pequeno pedaço de céu que era, exactamente, aquele tempo em que constantemente obrigávamos o nosso corpo a desafiar a evolução natural da espécie humana. Reparo constantemente que a palavra tempo faz parte da nossa vida, forçosamente. A brevidade das coisas não nos ajuda! Por mais que tenhamos indícios de quão breve são as coisas, penso que temos geneticamente um dispositivo qualquer que nos bloqueia a realidade e nos faz somente pensar que: o dia de amanhã será melhor. E se por acaso esse outro dia não é melhor…paciência, fazemos como Scarlett O’Hara em “E tudo o vento levou”: Pensarei amanhã nisso!
Por isso, vamos adiando o tempo como se o tempo estivesse do nosso lado… mas este, infelizmente, não está e por mais que brinquemos ao jogo do amanhã, esse amanhã não chega enquanto não aprendermos a viver o hoje, o agora, como se este fosse o nosso verdadeiro amanhã!!!