quarta-feira, fevereiro 27, 2008

J.B

Achei você no meu jardim
Entristecido
Coração partido
Bichinho arredio
Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim
Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei
Fiz tudo, todo meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência
Sempre
A minha herança pra você
É uma flor com um sino, uma canção
Um sonho em uma árvore ou uma pedra
Eu deixarei
A minha herança pra você
É o amor capaz de fazê-lo tranqüilo
Pleno, reconhecendo o mundo
O que há em si
E hoje nos lembramos
Sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza estava juntando
Você e eu
Achei você no meu jardim
Vanessa da Mata:"Minha Herança, uma flor"

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Presa

Sento-me no local de sempre, com vista para o meu mar…
Invade-me os sentidos todo o esplendor deste por de sol
Quero ficar aqui, sentada, quieta.
Sem passado, futuro ou mesmo um presente.
Quero estar ausente dos segundos.
Parar o tempo e viver, respirar devagar.
Inclino –me para o teu ombro.
Nele descanso o corpo
A alma
A minha inquietude.
Por isso, fico aqui,
Presa no tempo.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Rosa


Hoje penso rosa
cor de sonho
o sonho em cor
emoção em prosa

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Happy Valentine's day


quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Sexa- Dá que pensar!!!

- Pai...
- Hmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
- O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "sexo" é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.
- Não devia ser "a sexa"?
- Não.
- Por que não?
- Porque não! Desculpe. Porque não. "Sexo" é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- É. Não! O sexo da mulher é feminino.
- E como é o feminino?
- Sexo mesmo. Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É. Quer dizer... Olha aqui. Tem o sexo masculino e o sexo feminino, certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes.
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
- A palavra é masculina.
- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculina seria "o pal..."
- Chega! Vai brincar, vai.
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
- Temos que ficar de olho nesse guri...
- Por quê?
- Ele só pensa em gramática.

Veríssimo, Luís Fernando. Comédias Para se Ler na Escola. Rio de Janeiro/RJ: Objetiva, 2001. pg 53 - 54

domingo, fevereiro 10, 2008


O meu passatempo favorito é deixar passar o tempo, ter tempo, aproveitar o meu tempo, perder o tempo, viver a contratempo
Françoise Sagan

sábado, fevereiro 09, 2008

onde não estou

Pois eu queria estar e não estou
Pois sou tela qual tinta alguma ficou
Sou cor esbatida
Pincel quebrado
Amor amargo.
Pois eu queria estar e não estou
Física, atenta e orgulhosa.
Vendo telas em forma de prosa
Como os diálogos que não acabam
E sentimentos que perduram
No cavalete da vida
Onde és poeta em forma de tinta
E amante em forma de arte

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Palavras soltas II

Eu deixei que morresse em mim o desejo de te amar.
Porque não queria que visses em mim
A ausência e o vazio no meu olhar.
São as mágoas que me deixaram exausta de tanto esperar.
E sem saber, devagar, como um sopro de vento
Deixei-me cair no esquecimento.
O muito que eu era, o nada que ficou.
Porque contigo eu era muito melhor do que sou.
Não te querer ter nem hoje e nem ontem,
Faz-me querer um amanhã.
Porque encontras outra face para colar a tua
E outras mãos para entrelaçar os dedos.
E se me surgires, quero-te com a fé dos desesperados,
Gota de orvalho em terreno amaldiçoado.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Na tua ausência... eu penso

Que nada mudou no segundo em que o tempo parou.
Que nada mudou quando abriste a porta e foste.
Sem olhar para trás, sem dor, sem pesar.
Porque isso sim, seria amar.
Penduro os sonhos no estendal da varanda.
Quer faça chuva ou sol…
Deixo-os sem destino ou solução.
Porque os sonhos já não o são.
Na tua ausência eu sobrevivo, deixo-me levar pelos dias.
Penso quando não quero mais pensar.
Porque já não há mais ausência na palavra.
Porque penso?
Porque eu também me ausentei.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Palavras soltas

Não somos só o que amamos, somos pele que quer ser tocada, boca que anseia por um beijo, corpo que espera um abraço. Amar é mesmo dizer a alguém que não morrerá, apenas se vai desvanecendo nos recantos de uma memória qualquer. Porque há amor e há amores.
Mas nós somos portas fechadas! Só esperamos é que alguém veja para além do fosso, da escadaria, do labirinto e finalmente, não tenha medo das alturas só para nos dar um beijo.
A vida não tem culpa de nada, somos nós que poluímos a vida e depois ainda temos o descaramento de lhe impor uma culpa que não lhe pertence. A vida só tem sentido, quando às injustiças ajudamos alguém, quando indicamos um caminho, quando valorizarmos primeiro a relação que temos connosco, quando enfrentamos as falhas humanas e dizemos, desculpa.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Eyes Wite Shut

The atmosphere is heavy with mystery
covering the city in a blanket.
In the labyrinth of ‘calli e campielli’ only the sound of footsteps.
The quiet sighs behind opulent mask.
The magic seaking the night.
Sighs became a melodys,
and the party begins...

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Fantástico!!!

Uma vez mais, não resisti em "roubar" esta ao cartoonices:

domingo, fevereiro 03, 2008

Salt And Pepper


sábado, fevereiro 02, 2008

Dress to Kill

Your lost!!!

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Hoje na História: O Regicídio

1 de Fevereiro de 1908

O Regicídio ocorrido na Praça do comércio, hoje conhecida por Terreiro do Paço, em Lisboa, marcou profundamente a História de Portugal, uma vez que dele resultou a morte do Rei D.Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe e uma nova escalada de violência na vida pública do País.
O atentado foi uma consequência natural, embora evitável, do clima de crescente tensão que perturbava o aspecto politico português. Dois factores foram primordiais: em primeiro lugar o caminho traçado desde cedo pelo Partido Republicano Português como solução para a erosão do
do sistema partidário vigente, e em segundo lugar a tentativa, por parte do rei D. Carlos como árbitro do sistema político, papel que lhe era atribuído pela Constituição, de revitalizar esse mesmo sistema, apoiando o Partido Regenerador Liberal de João Franco.