segunda-feira, outubro 29, 2007

Este meu jardim

Nem sempre é colocar-nos à margem do que escrevemos ou lemos. Se no caso da escrita é um pouco ou muito de nós que lá está, no que lemos pode ser tudo ou o nada. Depois de tanto tempo a escrever neste blog, dou comigo quase sem vontade nenhuma de o fazer. Não que não tenha algo para escrever, porque eu toda sou escrita e silêncio de leitura. Simplesmente não me dá a vontade de o fazer porque… não me dá! Tão simples quanto isto! Tento recordar o que me levou a escrever neste espaço vazio, onde qualquer pessoa pode ler-me, mesmo que não me conheça ou que por um engano lá lhe saiu o meu blog quando procurava plantas de jardim!!! Os motivos dissiparam-se, a escrita ficou indiferente ao tempo ou estado das coisas, deixei que ervas envenenassem este meu jardim. E muito sinceramente, não me apetece cuidar dele. Já não dá a sombra que eu procurava nos dias mais quentes e agora que se aproxima o frio, não me deve apetecer sentar num dos bancos mesmo por baixo daquele carvalho que as memórias me deixaram. Sinto um frio do norte que não me faz deslizar os dedos por entre as vogais e consoantes que formavam pensamentos, desejos ou simplesmente ausências. Hoje encerro por uns tempos esta vontade da escrita. Pelo menos até encontrar de novo a essência deste jardim e o muito de mim que possa cultiva-lo. Não é uma despedida, é um até já…um talvez…

sexta-feira, outubro 26, 2007

Sou

Sou pássaro esvoaçante vestida de cinzento brilhante.
Sou o voo que a nada se dirige, mas que procura o seu canto.
Sou voz que se eleva nas penumbras da noite.
Clamo um amor eterno, um beijo ou a mão.
Sou mão que aperta a lua contra o peito.
Desfeito pelas águas do norte, pelo gelo do silêncio.
Sou ave que canta a paixão dos dias
Dias findados de sorrisos apagados.
Sou Fénix renascida
De fogo e não cinza.
Sou o tormento dos tempos porque engano as horas.
Minutos de sobra para pensar o sonho.
Sonho e voo.
Sou pássaro alado e amado.

quinta-feira, outubro 25, 2007

I do miss you


terça-feira, outubro 23, 2007

o silêncio

Não me apeteçe o ruído, quero ficar neste silêncio, de cabeça tranquila. Quero esticar o meu corpo e deitar-me no sofá. Depois encolher o corpo e sentir-me quente. Ajeito as almofadas… copo de vinho na mão e vou bebendo ao sabor da calma que o meu coração bate. Relaxo. São tão poucos os momentos que podemos ficar assim…como suspensos no tempo, sem ontem ou amanhã. Só sentindo a vida lá fora a correr. Gosto destes meus tempos, onde não há nada que me tire a paz. Acendo umas velas porque gosto do ondular da chama e perco-me. Vou tentando manter algum raciocínio…mas não me apetece pensar. Sei que não tarda eu adormecer, mas naqueles momentos onde ainda não voei para o sonho, tenho bons pensamentos, boas memórias onde não escapa um sorriso. Estou feliz, não sei porquê, mas também não interessa. Porque são tão raros estes momentos deixo-me ficar no silêncio, alumiada por uma luz que trago no peito…

segunda-feira, outubro 22, 2007

Should I ?

Should I feel guilty for pleasure that you give me?
Deny the pleasure to my body?
To hide the flame that flows from my body when you touch me? Should I erase the taste of you out of my lips?
What I feel when you are inside me?
I should feel ashamed of pleasure?
No!
Because with the pleasure comes the love, and who loves should not feel ashame..
Only pleasure

domingo, outubro 21, 2007

Pensamento da semana

"O fundo do coração está mais longe que o fim do mundo."

Provérbio dinamarquês

sábado, outubro 20, 2007

...


sexta-feira, outubro 19, 2007

Olhares

Há-os ternos, queixosos ou insatisfeitos.
Há-os carentes, ausentes e indiferentes.
Há-os suplicantes, patéticos e irónicos.
Há-os felizes, traquinas ou singelos.
Há-os irados, zangados e perdidos.
Há-os mudos, nublados, carregados.
Há-os sisudos, introvertidos e medrosos.
Há-os enamorados, encantados e doces.
Há-os fechados, isolados e expectantes.
Há-os de várias tonalidades e feitios.
Redondos, abertos, rasgados…
Azuis, verdes, castanhos, negros…
E depois há os teus olhares….
Que calam fundo a paixão adormecida,
O desencanto da vida,
A presença perdida.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Pleasure...

terça-feira, outubro 16, 2007

The way I feel



Wanting you
I need to touch your body
just the way I want you touch me.
I need you tonight
my body is fire...
my soul is ice...
in my mind I wonder...
would you mealt the ice and burn with me again?
no words just lust
no kiss just passion
no pain just love

Maldito tempo

Sonhou que sonhava e que a seu lado caminhava tranquilo o tempo. Pediu-lhe explicações pelos segundos em que ele tardava e porque a deixava pendurada, presa nos ponteiros da espera. E o tempo sorriu-lhe, como se não houvesse tempo para lhe explicar o que o próprio tempo leva o seu tempo. Caminhava tranquilo a seu lado, sem hoje, ontem ou amanhã. E ela descontente porque já faz muito tempo que espera.
E as forças dos braços não lhe chegam para descansar minutos que sejam porque já não acredita no tempo mas o tempo volta-lhe a sorrir…
Está cansada deste tempo que de tão incerto não se controla.
Espera pela hora.
A hora em que o tempo se esquece que é tempo e lhe dá todo o tempo do mundo.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Blog Action Day

http://www.youtube.com/watch?v=rJVMh2-5Lr0

...

Eu corro para o mar para não me lembrar de ti
E o vento só me traz o que eu quero esquecer.
Entre os soluços do meu choro,
Eu tento explicar
Que é nos teus braços o meu lugar.
Contemplando as estrelas
A minha solidão
Aperta mais o peito, é mais que uma emoção.
Esquecer do orgulho para você voltar???



Permaneço sem amor, sem luz, sem AR.


Saudade não quer dizer que estamos longe,
Mas que um dia estivemos juntos…
texto adaptado

domingo, outubro 14, 2007

Talvez


Talvez tenha sido um olhar…
Talvez tenha sido um sorriso…
Talvez tenha sido por aquelas palavras ou
Talvez aquele instante contigo.
Talvez um dia estejamos juntos


E talvez tudo será esquecido.
Talvez possam haver outros momentos
E aí quem sabe…
Nem tudo estará perdido...



Obrigada J.C

sábado, outubro 13, 2007

Suspensa


Na teia alheia o meu corpo, em tuas mãos a vida.
Na alma a saudade, no peito sem ferida, resigno-me.
Pertenço-te e vou confiar...Prometo

sexta-feira, outubro 12, 2007

Secrets...

we all have some secrets...
sometimes we feel alone
because a secret could come a heavy
thing to carry it on.
So... leave your secrets with somebody else ...


quinta-feira, outubro 11, 2007

The sweet thing in live is..

quarta-feira, outubro 10, 2007

O descanso...o encontro...nós

Encosta o teu pensar no meu ombro e faz dele porto onde descansa o guerreiro que és. Na tua pele encontro o mar e o teu peito é a embarcação atracada pelo luar. Sopra baixinho, lá ao fundo o meu encanto, porque nele descanso. Deixa-te ficar, aqui, onde é o teu lugar. Deixa-me amar todo o teu esplendor, sem a dor, sem pesar. Ah… o tempo ausente que passa nos intervalos das horas… encosta-te e descansa esse teu corpo divino que de mim faz viajante em território amante. Se os olhos fecharem, velarei teu sono, embevecida pelo teu corpo, pela pele que queima os dedos aflitos do meu olhar.
Sossega esse teu caminho, percorre um novo trilho. Traça uma rota onde as estrelas te levem ao meu encontro. Tu navegante nocturno em busca de paz queda-te no meu peito e estende-te neste leito que de rio já foi e hoje só é mar… para ti.

terça-feira, outubro 09, 2007

Closed


A porta que fecho hoje, não é muito grande, penso nem ser já uma porta, apenas um ponto escuro que permanecia entre aberto na parede dos meus dias. Hoje a fecho e de costas voltadas não vejo o passado, olho em frente, para um novo presente e um futuro que me sorri.
Custou - me o encerrar de portas que outrora viveram escancaradas, sempre receptivas mediante o tempo. Hoje, coloco o sinal de fechado. Para sempre.
O que sinto não importa. O que vivi o tempo apaga. Fechada esta porta, posso olhar em frente e de cabeça erguida. Meus passos não são mais trémulos e hesitantes, não. Hoje fechei o caminho, e coloquei nesta parede que chamo de vida, um quadro familiar. Será a única lembrança dessa porta entreaberta… Eles em plena harmonia, como deveria ter sido sempre, e eu… eu estarei de fora, tranquila. Porque não há porta que nunca se possa fechar quando alguém invoca uma porta maior.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Beleza de Deus

Não são as saudades que me ferem,
É toda uma vida que eu não vou ter ao teu lado.
Serão todas as estações do ano que não partilharemos.
O suave cheiro da Primavera.
O despontar do sol que aquece numa manhã de Verão,
O gosto das castanhas quentes do Outono
E sentarmo-nos à lareira no Inverno.
Mas eu fui abençoada,
Por cada memória que deixaste em mim.
Por cada riso que te arranquei,
Pela pessoa que sou hoje.
Fui abençoada por ter-te como mãe, amiga, companheira e cúmplice.
Não, não são as saudades que me ferem,
É somente um muito de mim que desapareceu contigo.
És e serás sempre a minha maior alegria e a minha maior dor.
Alegria porque me amas, dor porque não te vejo.
Mas Ele, dá-me o teu sorriso em cada manhã,
E o teu beijo no meu anoitecer.
E quando me deito, é a ti que eu dedico o meu dia.
Porque tudo o que faço, sou ou digo, foi a ti que eu fui buscar.
Não, não são as saudades que me ferem…
Porque…

Tocar a face de Deus foi um privilégio.
Ter em meus braços o seu dom,
Acolhendo em mim o Seu amor, na forma única de minha mãe
Traz-me sempre para mais perto de ti

Adoro-te. Fazes-me muita falta minha querida, muita mesmo...

domingo, outubro 07, 2007

Pensamento do Ano

Concedei-me a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
E sabedoria para distinguir uma das outras.

Amado

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do Sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você

Amado (Vanessa Mata)

sábado, outubro 06, 2007

Gosto de ti

Como o sal do mar
Que o faz amar
As rochas que beija
Gosto de ti como o meu porto
Porque em ti me seguro.
Gosto de ti como arco-íris
Que pintas a minha tela
E me fazes a mulher das cores.
Sem presente nem passado.
Nem dor por ter amado.
Gosto de ti pela simplicidade
Que me tocas.
O beijo de boca insaciável
Num misto de cumplicidade.
Gosto de ti como sumo
Que tiras do meu corpo.
Do gosto que a tua boca tem
Da forma como me olhas.
E me chamas de linda.
Gosto de ti porque gostas de mim.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Prémio Nobel

5 de Outubro de 1989

Neste dia, o Dalai Lama, o líder exilado do Tibete, recebeu o Prémio Nobel da Paz pela sua campanha de não-violência contra o domínio chinês do Tibete. Em 1950, a China invadiu o Tibete e introduziu uma legislação anti-religiosa no Tibete (população praticante da religião budista). Nove anos depois, os tibetanos insurgiram-se contra as forças chinesas. O Dalai Lama, no seu exílio auto-imposto na Índia, conseguiu que o resto do mundo conhecesse a opressão da China sobre o povo tibetano e a sua religião.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Podes vir sempre

Podes sempre escolher este meu canto para limpar a tua alma, e se as lágrimas estão soltas, deixa-as cair. Regarão a vida que cresce em cada palavra escrita.
Não estou diferente, nem tu.Talvez seja do tempo, ou mesmo só um dia menos bom.
Porque me faz falta o que tens... e porque eu também me sinto só.E este jardim não é só feito de mim, é sobretudo amor, pois é a única forma que eu tenho de dizer o que sinto por palavras que jamais irei proferir. Guardo-as aqui.
Por isso maninha, mesmo pestinha eu adoro-te.

O abismo do pecado

mora aqui...

quarta-feira, outubro 03, 2007

É só isso...

Palavra que treme num vibrar de grito preso.
Mãos que secaram na espera da tua pele.
Íris onde vives em todos os tons.
Clave de som que trauteia melodias de desencontros e paisagens.
Tela branqueada de cores neófitas.
Emaranhado de mão que toca meus cabelos.
Boca ferida dos beijos esquecidos.
Mão que pega o seio como sumo.
Odor que o corpo entranhou.
Pele.
Sangue que corre em veias sedentas.
Lua que se esconde e atormenta.
Chuva que cai e machuca.
Olhar que vagueia. Não olha, não vê.
Dedos que acalmam a alma na escrita.
é só isso
não tem mais jeito
acabou
boa sorte
não tenho o que dizer
são só palavras
e o que eu sinto não mudará

terça-feira, outubro 02, 2007

Não neste lugar

A leve brisa não me apaga o fogo que queima o pensamento.
Nem mesmo uma sombra poderia aplacar o meu tormento.
E o ar que respiro continua contaminado.
Se por um lado aqui tenho de estar,
é o meu corpo que fica.
porque o pensamento está ausente e não quer parar.
Não aqui. Não neste lugar!

segunda-feira, outubro 01, 2007

Se

Se o vento acalmasse a minha força, o meu querer.
Se a lua não anunciasse o que o meu coração quer esconder.
Se a chuva apagasse as marcas por ti deixadas.
Se a terra me prendesse o pensamento que teima em ir ao teu encontro.
Se o meu corpo não resmungasse baixinho a saudade de um toque teu.
Se as nuvens apagassem o teu rosto.
Se o sol queimasse esta pele que grita
Este peito inquieto, este amor deserto.
Se a voz calasse fundo o que eu queria ouvir.
Se o tempo passasse sem eu pensar.
Oh… se…
Se ao menos eu não te tivesse este querer desmedido.
Se…