quinta-feira, maio 31, 2007

Quietudes

Caminha lenta, sem pressa, afinal não há lugar nenhum onde queira ir.
Para.
Mantém-se estagne.
Nada para olhar.
Nada para esperar.
Nada para viver.
Nada.
Só o vazio.
E aquele imenso aperto que rodeia os seus batimentos.
Falta-lhe o ar.
Entre oeste, leste, norte ou um sul,
Mantém-se no centro.
Tentando o equilíbrio, qual trapezista.
Dá-lhe vontade de migrar, mas as suas asas foram queimadas,
por um sol poente.
Correr? Ir em frente? Voltar a trás?
Demasiado tarde.
Demasiado cansaço.
Demasiado medo.
Fica quieta, e deixa que as pessoas continuem a passar por ela.
Se ficar quieta, bem quietinha, o tempo passa, as pessoas esquecem, e ela desaparece.

quarta-feira, maio 30, 2007

...

P pressa
R recusa
I impaciência
O ordem
R resto
I impossíveis
D dor
A ausência
D desespero
E encontro
S só
Pedes-me o impossível...

Esta minha estranha forma de ser

Encosto a minha cabeça por entre as almofadas e cerro os olhos.
Sinto que o corpo relaxa e que tempo passa devagar por entre as reminiscências do pensamento.
Dou comigo num determinado trilho, sigo a voz que me chama, que me sussurra palavras de um amor.
Quando perto, deixo de ouvir a voz que encanta e embala a minha alma.
Outros sons assaltam-me o pensar.
Quererei eu seguir esse trilho que mil vezes adivinhei o seu fim?
Quererei eu voltar aos braços que me seguram durante segundos e me separam por meses?
Conheço cada pedra cinzelada, cada curva, declive e o seu fim.
Conheço a voz, os trejeitos, o pensamento e a fuga.
Conheço a ausência, o parecer, o não ter, o querer sem querer.
Conheço o abandono, o descontentamento, a ausência da verdade.
A liberdade de chegar e fingir não haver um lapso no tempo,
Que se embrulham as horas em segundos.
Quererei eu esse percurso gasto?
Esse futuro que não mais existirá?
Será que o meu amor não chegou ao fim?
Será que quero porque já conheço e não consigo partir para o desconhecido?
Há uma voz que me chama e toda uma existência que o não é…

terça-feira, maio 29, 2007

I do... but



this is the way my heart is now

domingo, maio 27, 2007

Pensamento da semana

Não confundir o amor com a paixão dos primeiros momentos, que pode desaparecer. O verdadeiro carinho cresce na medida em que os dois estão mais unidos, porque partilham mais. Mas para partilhar é preciso dar. Dar é a chave do amor. Amor significa sempre entrega, dar-se ao outro. Só pelo sacrifício se conserva o amor mútuo, porque é preciso aprender a passar por alto os defeitos, a perdoar uma e outra vez, a não devolver mal por mal. Por isso o amor também significa exceder-se, fazer mais do que é devido.

J. L. Lorda

sexta-feira, maio 25, 2007

pedes-me

Uma vez mais tenho de decidir.
Como se fosse simples.
Sempre detestei optar, escolher ou tomar uma decisão.
Deixei sempre seguir os trilhos o seu percurso natural e fosse onde deveria ir.
Mesmo que a razão não me apoiasse a 100 por cento, ou as dúvidas se instalassem…
Pedes-me uma decisão.
Pedes-me esclarecer o que vai no meu coração.
Pedes-me para te deixar entrar em definitivo na minha vida.
Pedes-me o meu futuro, rasgar o meu passado e pertencer-te no presente.
Pedes-me o pensamento, a alma, o tempo, o corpo…
Pedes-me o que precisas, e eu questiono-me…
O que é que realmente eu quero???

quinta-feira, maio 24, 2007

...

Acho-te infeliz, sem rumo
Preso a convenções e coisas que não são minimamente importantes.
Entre o que és e o que poderias ser reside o teu problema.
A tua confusão só aumenta com a tua instabilidade.
Crescer interiormente custa.
Estás no meio da ponte, ao meio da tua vida e o futuro não parece assim tão promissor como gostarias.
Gastas energias no supérfluo.
Acorda…
Só se vive uma vez e cada passo que dás marcará a pessoa que alguém se lembrará.
E tu não queres passar incógnito.
O teu rumo é a vida, tal como o teu lema: Liberdade.
Coisa que não tens e que não sabes como atingir.
Liberdade é amor e tu amas mais do que ninguém.
Ama para além de ti,
Confia mais em ti.

terça-feira, maio 22, 2007

Português q.b

Afonso Vilela

segunda-feira, maio 21, 2007

a espera...

A longa fila à sua frente turvou-lhe o olhar, tantas pessoas, tantos rostos. Alguns expressam a sua agonia, outros a ansiedade, a falta de paciência.
O seu rosto está pálido e quem olhar para ela não sabe o que lhe vai na alma, esconde-se por detrás dos óculos escuros, independentemente da falta de claridade do espaço. Quando chegou a sua vez, entregou a pasta dos relatórios e disse o seu nome, sem sequer olhar para ela, pediram-lhe que esperasse que a chamem.
Ela volta para trás e senta-se no único espaço possível e fecha os olhos.
Sente-se cansada, exausta mas acima de tudo está com medo. Este medo que a aborda durante a noite e que sobressalta o seu estado. Questões colocam-se, problemas levantam-se… onde irá buscar forças?
Ao longe ouve o seu nome e levanta-se com o peso do mundo enquanto se dirige para a porta que lhe indicam. Ali está o seu futuro…???

domingo, maio 20, 2007

Porto- Campeão 2006/2007

O FC Porto conquistou o seu 22º título de campeão nacional de futebol, ao vencer o Desportivo das Aves por 4-1 no Estádio do Dragão, na 30ª e última jornada da Liga de 2006/07.
Ao intervalo o marcador indicava empate com golos de Adriano (27 minutos) e Moreira (33). No segundo tempo, Lisandro (52) colocou os "dragões" em vantagem mas, foi o auto-golo de Jorge Ribeiro, aos 59 minutos, que marcou o início da festa azul e branca. Lisandro ainda voltou a marcar, aos 84 minutos, fixando o resultado em 4-1.
Ao grito de "Campeões, campeões, nós somos campeões" ou "FC Porto, allez", os 50428 adeptos que lotaram o Estádio do Dragão não mais se calaram ou sentaram.
Por todo o país a festa já está nas ruas.

Pensamento da semana

Não é a montanha que nos faz desanimar, mas a pedrinha que trazemos no sapato.

Autor desconhecido

quarta-feira, maio 16, 2007

A não perder: "Dias de Glória"

Em 1943, 130 mil soldados originários das colônias francesas na África foram para a Europa lutar na 2ª Guerra Mundial e ajudar a libertar uma pátria-mãe na qual nunca antes haviam estado. Entre eles estavam Saïd (Jamel Debbouze), Messaoud (Roschdy Zem), Abdelkader (Sami Bouajila) e Yassir (Samy Naceri), que precisam de lidar com o preconceito existente ao mesmo tempo em que lutam pela vitória da França.Todos se unem em território europeu para libertar a França da ameaça nazista em 1943. Todos têm um motivo especial para se alistar. Said deseja libertar a Pátria Mãe. Yacine vê no processo de libertação da França uma oportunidade de dar melhores condições a sua própria família, cometendo furtos de guerra junto com seu irmão. O cabo Abd el-Kader, o único alfabetizado do grupo, torna-se uma espécie de líder entre os soldados árabes e africanos, contestando a hierarquia militar e acusando os abusos que sofrem. Messaoud apaixona-se por uma francesa, algo mal visto na colônia, e passa a sonhar em se instalar em Marselha. Todos perseguem os seus direitos enquanto franceses, mas o modo como são tratados, o seu quotidiano e as missões que enfrentam provam o contrário. As histórias dos quatro homens finalmente convergem num espetacular clímax em que eles irão defender um território que eles nem sabem mais se os receberá em caso de vitória.

terça-feira, maio 15, 2007

Como vamos de português???

segunda-feira, maio 14, 2007

Deixo-me

Deixo cair-me na tua calma, por entre os lençóis de água desse rio que tão bem conheço.
Deixo a água correr pela minha pele em suaves toques de prazer.
Sinto-me entre as forças da natureza onde essa água aplaca o meu fogo.
No meu ventre o gosto da terra que me criou, onde se elevam os meus cabelos varridos na fúria do teu vento.
Fecho a alma por uns momentos, nada sinto a não ser a carícia deixada no meu colo.
Sinto o teu corpo colado ao meu, colo as minhas costas à parede fria e como sinal da natureza ofereço-me a ti.
Deixo-te percorrer como espuma em rio turbulento os recantos deste corpo abandonado ao prazer.
Secas-me as lágrimas do suor do meu rosto em beijos de mel e avelã.
Passas o tempo por entre as gotas do meu olhar em forma de aroma primaveril.
Amoleço o corpo em sinal de resignação e encobres-me com protecção.
Aconchego o meu cansaço nos teus braços e depois de fechar o nosso rio, carregas-me para outros lençóis e amas-me.

You melt me...


domingo, maio 13, 2007

Pensamento da semana

A verdade, quando impedida de marchar, refugia-se no coração dos homens e vai ganhando em profundidade o que parece perder em superfície... Um dia, essa verdade obscura, sobe das profundidades onde se exilara e surge tão forte claridade, que rasga as trevas do Mundo.

Rolão Preto

sábado, maio 12, 2007

Reencontros

Ao ouvir a sua voz fê-la parar, não contava vê-lo, jamais. Tinham traçados caminhos diferentes e abertos os seus mundos a coisas novas. Nada como uma voz do passado para olharmo-nos no espelho de uma outra forma.
Não fora o sol que não a deixara vê-lo correctamente, foram os seus olhos que a traíram. Não se lembrava dele tão alto.
E os seus olhos pararam no seu peito. Não conseguia elevar o seu olhar,
Sabia a cor dos seus olhos como quem se lembra de um por de sol único. Por força das circunstâncias elevou o rosto. Pela sombra que o seu corpo traçava, viu-o.
Não foi o tempo que parou, esqueceu-se de respirar por um longo tempo. Aquele sorriso entrou no seu corpo feito corrente eléctrica activando todos os nervos. Quais fios eléctricos despertaram no seu cérebro campainhas de alarme. Ficaram parados.
Olhando-se como da primeira vez que tinham cruzado os seus olhos num corredor da escola. Voltou a corar da mesma forma que há vinte anos atrás. E apesar da protecção dos óculos escuros sentiu-o observar cada traço seu.
Despertou com a mudança de posição do seu corpo. Aí a luz foi mais forte e obrigou-a a tirar os óculos. Tinha de ver o que o tempo lhe tinha feito.
Nada! Absolutamente nada. Melhor, tinha o posto com os traços mais marcados e os olhos ainda mais verdes e brilhantes. O sorriso estava lá, o mesmo, talvez mais charmoso ainda e a voz…essa ainda ecoa no seu pensamento neste momento.

sexta-feira, maio 11, 2007

Fora

Fora o tempo que eu perdi
Fora o espaço que eu permiti
Fora a vida que dei
Fora o amor que troquei
Fora o medo que eu senti
Fora a força que eu te dera
Fora as horas que esperei
Fora os mimos que trocamos
Fora o que nos une
Fora a vida que nos separa
Fora a fantasia e
Eu nem penso em ti.

quinta-feira, maio 10, 2007

É um ter sem ter,
É um saber de não sei o quê
É um sabor diferente.
Ando devagar,
Estudo-te
Analiso-me.
Elevas-me,
Deixas-me cair????

quarta-feira, maio 09, 2007

Tento


terça-feira, maio 08, 2007

A cor

Sinto-me numa palete de tons,
onde alguém decidirá quais as cores que aplicará na tela,
que é o meu corpo.
Que desenho, imagem traçará na minha alma?
Sou tela gasta por tintas escuras…
Sou um quadro inacabado,
Somente à espera das cores certas.
Não quero arco-íris, flores, paisagens ou outro qualquer desenho nesta tela.
Nesta tela quero cor, luz e vida.
Quero o sorriso, a saudade, a paixão…o amor.
Esse que pintado de forma correcta inunda qualquer tela ou alma.
É essa cor que eu quero na minha alma.

domingo, maio 06, 2007

Mother's day

who cares for you the most
and loves you at all cost
who gives you a lovely gesture
and lets you grow well with her nurture
who adores you from deep
and wipe up your tears when you weep
who gives children a lot of affection
and strives always for her perfection
who provides you chances of propriety
and for your wellness prays deity
who provides wings for your dreams
and for that provides you all sorts of themes
who helps you in the moment which is toughest
so that you come up stronger than the strongest
who brings joy in house by her attitude
your duty is to give her a tribute
who brings all relations close together
that person can be none other than the MOTHER

Pensamento da semana

Quando não conseguimos encontrar tranquilidade dentro de nós mesmos, de nada serve procurá-la noutro lugar.

Autor desconhecido

sexta-feira, maio 04, 2007

A minha vida???

Não penso que a vida seja uma brincadeira, embora se possa brincar com quase tudo. Sou ainda nova e tenho muito que descobrir, mas aprendi a amar aquilo que é sólido e que permanece. Sou demasiado ambiciosa para querer menos que o máximo, e não trocarei o meu sonho por ilusões, ainda que sejam doces e agradáveis.
Por isso, embora sinta isto que sabes que sinto, embora sintas aquilo que sei que sentes, talvez se torne necessário dizer-te, e dizer-me, que pode não chegar o dia em que troquemos palavras de amor.
Tens ainda tempo para vires a ser como te sonhei; tenho ainda tempo para me tornar merecedora de te ter como te sonhei.
Torna-te todo mistério e luz.
Luz porque quero ver-te inteiro - sem névoas nem disfarces nem complicações - quando te olhar nos olhos; mistério porque quero que cresças por dentro, em silêncio, e te enchas, em segredo, daquelas riquezas que só se devem manifestar quando nos entregamos a alguém para sempre.
Demora-te no teu tempo e não permitas a pressa. E ajuda-me a não ter pressa.
Porque, embora possa não parecer, sei que sou frágil. E alguém fará a meu lado toda a aventura da vida, e será a minha força e os muros da minha cidade e o ombro para o meu cansaço.

quinta-feira, maio 03, 2007

Dizem...




Quando tudo sobe, o que baixa é a roupa íntima!
Woody Allen

quarta-feira, maio 02, 2007

Lost and found

Ao longo da vida, os afectos vão deixando na nossa memória sulcos que perduram para sempre, podem ser afeições por épocas, por acontecimentos, por pessoas, por objectos que nos foram próximos e que de uma maneira ou de outra nos marcam proporcionando-nos momentos inesquecíveis de bem-estar e de conforto particulares.
Quem não se lembra de um brinquedo que um dia teve e depois se perdeu e que passado anos, quando quisermos recuperar – ou pelo menos, as sensações que nos deu- já era impossível encontrar outro igual?

terça-feira, maio 01, 2007

...

Anoitecera, entrou no elevador e notou que o rosto marcava o complicado dia que tinha tido.
Quando chegou ao seu andar, arrastou-se até à porta com um único pensamento. Banho.
Um banho onde pudesse colocar os seus sais, ligar a música e acender aquelas velas de canela que a transponham no vapor da água, algures para uma Índia perdida.
Demorou quase uma hora no deleite do banho, passando a mão pelas curvas do corpo, aspirando mundos desconhecidos no seu corpo, ao mesmo tempo que sentia aquele odor familiar de descanso.
Saiu do banho, ainda de pele transpirada, vestiu o quimono e dirigiu-se à penumbra do seu quarto.
Nos seus lençóis negros o corpo nu exibia em pleno toda a sua masculinidade.
Sentiu no ar o seu cheiro, aquele cheiro acre, másculo e enlouquecedor.
Retirou o quimono e deitou-se sobre o seu corpo, fazendo-o sentir todo o seu peso.
O contacto da pele húmida com o corpo dele fê-la quere-lo ainda mais.
Virou-o de frente para ela e fê-lo sentir o seu desejo. Meio ensonado, deu um sorriso e deixou-se guiar pelas mãos que percorriam o seu corpo.
Foi explorando o corpo dele até ao momento em que tocou no seu sexo explorando a sua fonte de prazer.
Prendeu-lhe os braços, não o deixando a tocar e de forma selvagem fê-lo entrar em si.